Ouvir música pop pode ajudar pacientes com lesões cerebrais graves a relembrar memórias pessoais, diz um novo estudo. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail. Pesquisadores descobriram que pacientes que enfrentaram este tipo de problema conseguiram retomar um número similar de memórias ao que o de pessoas sem nenhum tipo de lesão.
O estudo, publicado no jornal Neuropsychological Rehabilitation, foi o primeiro a investigar o poder da música na recuperação da memória de pessoas com cérebros danificados.
A pesquisa foi conduzida por Amee Baird e Séverine Samson, da University of Newcastle, na Austrália, e da University of Lille, que fica no norte da França. Eles observaram cinco pessoas com lesões cerebrais expostas a uma série de músicas populares. As canções remetiam à vida dos pacientes e também foram reproduzidas para pessoas sem lesões cerebrais. Todos os voluntários foram questionados sobre o quão familiar eram as músicas, se gostavam delas e que tipo de memórias evocavam.
Ficou comprovado que os que tinham lesão se lembraram de um número similar de memórias ao que os que não tinham nenhuma lesão. Em todos os indivíduos, a maioria das memórias estava ligada a uma pessoa ou a um período da vida e eram tipicamente positivas. As músicas que evocaram algum tipo de memória eram mais familiares pelos pacientes e também eram as que eles mais gostavam.
Os especialistas concluíram que a música é um estímulo efetivo e provoca memórias autobiográficas. Eles esperam que a descoberta motive novas pesquisas neste campo.
Todo mundo quer ficar com o corpo em forma para chegar bem na praia durante as férias de fim de ano. No Bem Estar desta sexta-feira, 13, o médico do esporte Gustavo Magliocca e o preparador físico José Rubens D’Elia, direto de Florianópolis com o apresentador Fernando Rocha, mostraram alguns exercícios do treinamento funcional que podem ser feitos em casa ou na praia e ainda ajudam a fortalecer o corpo.
O treino funcional melhora a habilidade e aptidão para realizar movimentos cotidianos, como agachar, levantar, puxar, empurrar e saltar, por exemplo. Fora isso, esse treinamento melhora ainda o desempenho na atividade física e ajuda a prevenir lesões musculares.
No entanto, para começar a praticá-lo, é preciso energia - um bom café da manhã é fundamental para evitar os riscos de se exercitar em jejum. Antes de começar, é importante fazer um alongamento, que ajuda a aumentar a amplitude da musculatura e, ao mesmo tempo, promove o aquecimento das articulações e dos músculos. Para isso, a dica é se espreguiçar elevando os braços acima da cabeça, fazendo movimentos circulares com os punhos; depois levantar e abaixar os braços nas laterais; girar o tronco; fazer pequenos agachamentos; dar saltos curtos no mesmo lugar e com a ajuda de outra pessoa, levar as pernas para frente e para trás, como mostrou o preparador físico José Rubens D'Elia.
Ao se exercitar na praia, no entanto, como o piso é um pouco instável, é bom tomar cuidado - de acordo com o médico do esporte Gustavo Magliocca, se a areia for muito fofa, é melhor fazer os movimentos descalço; mas se a areia for um pouco mais firme, já dá para colocar um tênis. É importante ainda se preocupar com a proteção solar, mesmo em dias de céu fechado - o ideal é aplicar meia hora antes de ir para a praia e com fator de proteção de, no mínimo, 30.
O preparador físico José Rubens D'Elia ensinou ainda alguns exercícios funcionais para ajudar a melhorar o equilíbrio - basta levantar e dobrar uma das pernas e esticar os braços na lateral, mantendo a posição com os olhos abertos para não desequilibrar. O especialista mostrou ainda que dar pequenos saltos para um lado e para o outro, para frente e para trás, e dar pequenos trotes na areia, são exercícios do treino funcional que ajudam a trabalhar os músculos.
Beach tennis
Outro esporte que está ganhando adeptos no verão é o beach tennis, ou tênis de praia, como mostrou a reportagem da Sonia Campos, de Florianópolis, em Santa Catarina. A raquete é parecida com a do frescobol e a bolinha lembra muito a do tênis tradicional, mas o benefício de se exercitar ao ar livre é o que mais atrai as pessoas. No caso da pequena Cristina Balbão, de 12 anos, por exemplo, o esporte foi ainda uma maneira de perder peso.
O Brasil contará com medicamento utilizado por pacientes transplantados de rim e fígado produzido integralmente com tecnologia nacional. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou, em Embu das Artes (SP), da cerimônia de entrega do primeiro lote do imunossupressor Tacrolimo, usado para evitar a rejeição a órgãos e garantir o sucesso do transplante.
O medicamento Tacrolimo é fabricado pela Libbs Farmacêutica. Em 2009, a empresa firmou parceria para o desenvolvimento produtivo com o Ministério da Saúde, com a transferência de tecnologia para o laboratório Farmanguinhos/Fiocruz. O instituto acompanhou todo o processo de produção do medicamento para internalizar as técnicas e o conhecimento tecnológico da empresa privada.
A previsão é que em 2015 o Farmanguinhos passe a produzir o medicamento, o que vai diminuir o custo na aquisição do Tacrolimo. Desde 2009, a compra do produto passou a ser feita de forma centralizada pelo Ministério da Saúde, o que gerou a economia de R$ 75 milhões. “Produzir um medicamento 100% nacional é um salto de extrema importância para a indústria brasileira, com impacto na geração de mercado para todo o Brasil, além de garantir segurança aos pacientes atendidos pelo SUS”, afirmou Padilha, durante a solenidade.
O ministro explicou que a qualidade dos medicamentos é um fator decisivo na vida do paciente transplantado porque garante o funcionamento do órgão, sem problemas de rejeição. Ele lembrou que o Brasil está entre os países que mais realizam transplantes do mundo. “Nenhum país fez mais de 24 mil transplantes gratuitos pelo SUS, como o Brasil fez”, afirmou Padilha.
“O domínio de todas as atividades de produção resulta em produtos de qualidade a preços competitivos, garantindo o abastecimento dos serviços públicos de saúde com redução da dependência internacional”, ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha. Em 2013, foram adquiridas 53.547.100 e 2.965.050 cápsulas do tacrolimo 1mg e 5mg, respectivamente.
BIOLÓGICOS– A nova fábrica da Libbs Farmacêutica, no complexo industrial do município, será uma das primeiras plantas industriais brasileiras para a produção de medicamentos biológicos, considerados estratégicos pelo SUS. “A construção da planta reflete o compromisso do governo federal com a pesquisa, a inovação e geração de renda para o país”, afirmou Gadelha. A Libbs retomou os investimentos da empresa em seu Parque Farmoquímico depois que foram firmadas PDPs com o Ministério da Saúde e laboratórios públicos.
A parceria estabelece que o Ministério da Saúde compre, exclusivamente, medicamentos produzidos pela empresa, pelo período de cinco anos, para atender à demanda do SUS. Em contrapartida, os laboratórios privados transferem as tecnologias aos públicos, que dominando a cadeia de produção, podem desenvolver genéricos a preços mais competitivos. O laboratório Libbs está envolvido em sete parcerias.
A fábrica de biotecnologia terá capacidade inicial de produção de 150 kg de medicamentos ao ano. Quando estiver em pleno funcionamento, a produção será ampliada para 400kg. No local, serão produzidos, em parceria com os laboratórios públicos Butantan e Bahiafarma, seis medicamentos biológicos.
O primeiro medicamento fruto dessas parcerias - o oncológico Rituximabe – deverá estar pronto para distribuição no SUS no primeiro semestre de 2016. Os investimentos da empresa farmacêutica em biotecnologia estão estimados em R$ 560 milhões, provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da própria empresa.
O medicamento biológico é feito a partir de material vivo e manufaturado em processos que envolvem medicina personalizada e biologia molecular. Representam 5% do total da oferta pública de medicamentos e consomem 43% dos gastos do governo federal com medicamentos (aproximadamente R$ 4 bilhões/ano).
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) publica nesta quinta-feira, 12, uma nota técnica com normas para assegurar a cobertura de exames genéticos pelos planos de saúde. Um dos exames contemplados é a análise dos genes BRCA 1 e BRCA 2, que aumentam o risco de câncer de mama. A alteração nesses genes foi o que motivou a atriz Angelina Jolie a fazer uma dupla mastectomia preventiva (retirada das mamas) no início deste ano.
As diretrizes passam a valer no dia 2, com o novo rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Ao todo, serão publicadas 22 diretrizes para 29 doenças genéticas, entre elas enfermidades neurológicas, do sangue e alguns tipos de câncer hereditários, como o de ovário, de intestino e de tireoide.
De acordo com a gerente de atenção à saúde da ANS, Karla Coelho, essas regras não foram anunciadas em outubro junto com o novo rol, pois as discussões não estavam concluídas. A ANS já prevê a obrigatoriedade da cobertura de análise molecular de DNA desde 2008, mas, por falta de diretrizes e até por desconhecimento dos beneficiários, elas raramente eram cumpridas.
"A análise molecular de DNA estava prevista de uma forma muito aberta, o que deixava muitas brechas e dúvidas. O que fizemos foi listar os critérios para a cobertura e deixar claro quais são as doenças contempladas", diz Karla.
A realização dos exames genéticos, entretanto, não será tão simples. Eles serão liberados de forma "escalonada", depois de esgotadas todas as outras tentativas de diagnóstico.
Ampliar
A ANS também continuará exigindo que o pedido do exame seja feito por um geneticista - uma das principais críticas, pois segundo a Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), há apenas cerca de 200 geneticistas no Brasil, concentrados no Sul e Sudeste.
"Por um lado essa diretriz é boa porque deixa claro em quais situações o paciente terá direito a realizar o exame, mas por outro lado ela acaba restringindo ainda mais, por limitar as doenças e exigir que o pedido venha de um geneticista", diz o representante da SBGM na ANS, Salmo Raskin.
A engenheira Viviane Klein, de 39 anos, precisou ir à Justiça para conseguir que o plano de saúde pagasse as despesas da dupla mastectomia preventiva, depois que um exame genético pago por conta própria apontou que ela tinha 87% de risco de ter câncer de mama. O plano recusava, alegando que não era de cobertura obrigatória. "Agora, com essas diretrizes, talvez facilite para outras pessoas."
O advogado especializado em planos de saúde Julius Conforti concorda que exigir que o pedido venha de um geneticista limita a medida. "São poucos médicos geneticistas, em poucos locais. Além disso, os consumidores nem sabem que têm esse direito. A medida acaba se tornando inócua", diz.