Sentir cansaço durante a jornada de trabalho é uma experiência comum para muitos profissionais. No entanto, um estudo realizado por pesquisadores da Wake Forest University, da Virginia Commonwealth University (VCU) e da Northeastern University, nos Estados Unidos, identificou duas estratégias eficazes para combater essa sensação: fazer micropausas regulares e contar com o suporte de supervisores.

Essas conclusões foram baseadas em um experimento com 44 contadores públicos, que relataram seus hábitos antes de participarem de testes. Outro grupo, com 179 pessoas, também participou de um experimento controlado sobre o tema.

O que são micropausas e como elas ajudam? Segundo o estudo, publicado na revista científica Contemporary Accounting Research, as micropausas são intervalos curtos, de até um minuto, que ajudam a redirecionar a atenção e a recarregar as energias.

Durante esses momentos, o trabalhador pode realizar atividades simples, como alongar-se, buscar um café ou até ler algo breve, como um artigo noticioso ou a página de um livro.

Essas pausas, apesar de rápidas, se mostraram extremamente eficazes para gerenciar a fadiga, principalmente em períodos de alta carga de trabalho.

Importância de suporte O segundo ponto destacado pelo estudo é o impacto positivo do suporte de supervisores. Quando líderes verificam como estão os funcionários, oferecem ajuda e demonstram reconhecimento pelos esforços da equipe, a fadiga é significativamente reduzida.

Esse apoio ajuda a criar um ambiente de trabalho mais saudável, além de melhorar o bem-estar geral dos profissionais, conforme os pesquisadores.

Por que essas estratégias funcionam juntas? A pesquisa destacou que a combinação das micropausas com o suporte de supervisores proporciona o maior alívio para o cansaço no trabalho.

“Primeiro, micropausas são uma maneira simples e econômica de gerenciar a fadiga, especialmente quando as cargas de trabalho são altas. Segundo, o suporte de supervisão desempenha um papel crítico na mitigação da fadiga. Juntos, esses dois mecanismos oferecem o alívio mais substancial para profissionais que trabalham em períodos de maior movimento ou outros períodos de trabalho de alto estresse”, explicou Lindsay Andiola, uma das autoras do estudo.

A implementação dessas medidas, conforme apontado pelo estudo, não só melhora o bem-estar dos funcionários, como também contribui para a produtividade e a qualidade do trabalho realizado.

Catraca Livre

A vacina conta a chikungunya, doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypt e que provoca dores crônicas nas articulações, deve ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) “nos próximos dias ou nas próximas semanas”.

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A expectativa é do diretor de Assuntos Regulatórios, Qualidade e Ensaios Clínicos da Fundação Butantan, Gustavo Mendes. O instituto fabrica o imunizante em parceria com a companhia farmacêutica franco-austríaca Valneva.

“Para os próximos dias ou para as próximas semanas, a gente espera, tem a vacina da chikungunya. A gente sabe que é uma questão crítica, e é uma vacina que está pronta e a gente já submeteu [à Anvisa], e está tudo revisado”, revelou em entrevista ao R7.

Ao menos 214 pessoas morreram no Brasil por causa da doença só no ano passado. Em 2025, já são 11,8 mil casos prováveis da doença, com 12 óbitos em investigação e três mortes confirmadas, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Questionado se, além da chikungunya, a vacina também poderia combater a infecção pelo vírus zika, Mendes descartou essa possibilidade. “Zika também está no nosso olhar, temos uma franquia de arboviroses aqui, que inclui zika, como perspectiva, mas que não está tão perto [de ser desenvolvida]”, afirmou.

A contaminação por zika pode provocar sintomas leves em adultos, como febre e dor de cabeça, mas também Síndrome de Guillan-Barré em casos mais graves. Em gestantes, o vírus causa aborto espontâneo e microcefalia nos fetos que conseguem se desenvolver.

A partir da submissão pelo fabricante, a Anvisa tem prazo de 60 dias para aprovar, pedir informações extras ou recusar o pedido. Com a autorização da Anvisa, o imunizante poderá ser comercializado com a rede privada — laboratórios, farmácias, hospitais, etc. — e eventualmente ser adicionado ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), na rede pública.

Seis meses após a vacinação de voluntários no ensaio clínico de fase 3, a vacina se mostrou segura e com eficácia de 99,1%. A fase 3 dos ensaios clínicos envolveu 750 adolescentes de 12 a 17 anos — 500 receberam uma dose única enquanto os outros 250, placebo.

As aplicações foram feitas em áreas de grande incidência da doença: São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Laranjeiras (SE), Recife (PE), Manaus (AM), Campo Grande (MS) e Boa Vista (RR).

Um ano depois, a vacina permaneceu com eficácia elevada: a produção de anticorpos contra a chikungunya persistiu em 98,3% dos jovens.

Os Estados Unidos também já testaram um imunizante em quase 4.000 voluntários, de 18 a 65 anos de idade. Lá, a vacina atingiu 98,9% de eficácia seis meses após a aplicação. Com isso, a americana FDA (Food and Drug Administration) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) — equivalentes à Anvisa brasileira — aprovaram a aplicação na população.

Passos para aprovação A Anvisa só aprova uma vacina para ser aplicada na população após três fases. Primeiro, vêm os estudos em laboratório. Em seguida, se a pesquisa for promissora, são feitos testes em animais. Por fim, voluntários humanos recebem o imunizante para testar a produção de anticorpos, além da segurança e da eficácia da vacina.

Embora o estudo brasileiro e o americano se mostrem seguros e eficazes, o órgão regulador precisa analisar o produto e a documentação antes de dar o sinal verde para chegar ao braço da população.

R7

Foto: GUGA MATOS/JC IMAGEM/AE

A ansiedade não tem uma única face. Às vezes, ela aparece como preocupação excessiva; em outras, como procrastinação, irritabilidade ou até dores físicas.

Embora as crises de ansiedade sejam a forma mais conhecida dessa condição, ela pode se manifestar de diferentes maneiras, muitas vezes de forma silenciosa e sutil, influenciando nosso dia a dia de formas que nem sempre percebemos.

A psicologia aponta diversas maneiras pelas quais a ansiedade pode se expressar. Compreender essas variações é essencial para lidar com o problema da melhor maneira possível. A seguir, conheça cinco sinais de ansiedade que vão além de uma crise.

5 sinais de ansiedade que vão além de uma crise

Quando falamos em ansiedade, muitas pessoas logo imaginam uma crise intensa, com respiração acelerada e sensação de descontrole. No entanto, essa condição pode se manifestar de diferentes formas, afetando desde a produtividade até o bem-estar físico.

Segundo a psicóloga Larissa Fonseca, “a ansiedade pode estar presente em pequenas atitudes cotidianas, sem que a pessoa perceba que isso está comprometendo sua qualidade de vida”. A seguir, a especialista lista cinco sinais que podem indicar que a ansiedade está mais presente do que você imagina:

  1. Procrastinação constante Sabe quando você adia uma tarefa sem um motivo claro? Isso pode ser um sinal de ansiedade. “O medo de não fazer algo ‘perfeito’ ou a preocupação excessiva com o resultado dificultam o início da tarefa, criando um ciclo que aumenta a ansiedade”, explica Larissa. Quanto mais a pessoa posterga, maior se torna o peso mental daquilo que não foi concluído.
  2. Dificuldade para manter o foco Se você sente que sua mente está sempre pulando de um pensamento para outro, dificultando a concentração, isso pode ser um reflexo da ansiedade. “No dia a dia, uma mente ansiosa tende a produzir diversos pensamentos que mobilizam a pessoa. Muitas vezes, ela começa várias atividades sem conseguir terminá-las, quase como se estivesse com várias abas abertas no computador”, comenta a psicóloga.
  3. Pensamentos catastróficos Imaginar sempre o pior cenário possível é outro sinal comum de ansiedade. Mesmo sem motivos concretos, a mente ansiosa cria situações negativas que podem nunca acontecer. “Pensamentos constantes sobre o pior que pode ocorrer, mesmo sem evidências concretas, são um indicativo de ansiedade elevada”, afirma Larissa.
  4. Irritabilidade sem motivo aparente Se ultimamente você tem se sentido impaciente ou reagido de forma exagerada a pequenas situações, vale a pena prestar atenção. “A ansiedade pode se manifestar por meio de reações impulsivas e impacientes, gerando um descontrole emocional constante”, explica a especialista.
  5. Dores físicas sem explicação A ansiedade não afeta apenas a mente, mas também o corpo. Tensões musculares, dores de cabeça e problemas gastrointestinais podem ser sinais de que sua mente está sobrecarregada. “Muitas vezes, dores físicas sem explicação médica podem ser manifestações de ansiedade crônica”, alerta Larissa.

Como lidar com a ansiedade quando ela se manifesta de diferentes formas Segundo a psicóloga Larissa Fonseca, “técnicas como respiração diafragmática, meditação e terapia ajudam a reduzir a ativação fisiológica”, ou seja, aquele estado de alerta constante que sobrecarrega o corpo e a mente.

Manter uma rotina estruturada pode ser um grande aliado no controle da ansiedade. Estabelecer horários para trabalho, lazer e descanso ajuda o cérebro a funcionar de maneira mais equilibrada. Além disso, aprender a impor limites também é essencial. “Saber dizer ‘não’ reduz sobrecargas externas e evita o acúmulo de responsabilidades que podem intensificar a ansiedade”, explica Larissa.

Outro ponto importante é a prática de atividades físicas. Movimentar o corpo não traz benefícios apenas para a saúde física, mas também para o equilíbrio emocional. “Os exercícios físicos regulares regulam neurotransmissores como serotonina e dopamina, contribuindo para a estabilidade emocional”, destaca a especialista.

Nem sempre é possível controlar a ansiedade sozinho — e tudo bem! Se os sintomas começam a afetar sua qualidade de vida, prejudicando o desempenho no trabalho, os relacionamentos ou até mesmo o sono, é hora de buscar ajuda.

“Se os sintomas de ansiedade impactam negativamente o funcionamento cotidiano, gerando sofrimento constante, é fundamental procurar apoio profissional”, afirma Larissa. Psicólogos e, em alguns casos, psiquiatras podem oferecer intervenções eficazes para aliviar os sintomas e promover mais bem-estar.

Minha Vida

Quem diria que um simples hábito diário, como o uso do fio dental, poderia ser tão importante para a saúde do nosso corpo? Para muitas pessoas, passar o fio entre os dentes é apenas uma questão de higiene, algo essencial para manter a boca limpa.

No entanto, um estudo recente revelou que esse pequeno gesto pode ter benefícios muito maiores do que imaginamos.

Pesquisas apresentadas em um congresso internacional sugerem que usar fio dental regularmente pode estar ligado a uma redução do risco de acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial, condições que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

A prática de usar fio dental está relacionada com a diminuição da inflamação no corpo, o que pode ajudar a prevenir doenças graves que afetam o coração e o cérebro.

Em tempos onde muitas pessoas buscam maneiras acessíveis e simples de cuidar da saúde, incorporar o fio dental na rotina pode ser um passo importante para proteger o bem-estar de forma eficaz e sem custos elevados.

Dados reveladores sobre o uso de fio dental Usar o fio dental regularmente pode ser uma prática simples, mas com benefícios impressionantes para a saúde do coração e do cérebro.

Um estudo preliminar, que será apresentado na Conferência Internacional de AVC da American Stroke Association, sugere que o uso do fio dental pelo menos uma vez por semana pode estar relacionado à redução do risco de acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial.

Este estudo se baseou em dados coletados de mais de 6.000 pessoas ao longo de 25 anos. Embora a prática de higiene oral seja comumente associada à saúde bucal, a pesquisa indica que ela pode ter um impacto positivo também na prevenção de doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores afirmam que a saúde bucal tem uma relação importante com a inflamação e a rigidez das artérias, fatores que podem influenciar diretamente a ocorrência de problemas no coração e no cérebro.

A relação entre o fio dental e o risco de AVC O estudo foi realizado com base na análise de pessoas que utilizaram fio dental regularmente, sendo parte da pesquisa Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC), uma das maiores investigações sobre saúde cardiovascular nos Estados Unidos.

Os participantes responderam a um questionário sobre hábitos de higiene oral e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

A pesquisa revelou que os indivíduos que usaram fio dental com mais frequência apresentaram uma diminuição significativa no risco de AVC isquêmico, tipo mais comum de AVC, causado por obstrução no fluxo sanguíneo cerebral.

Além disso, o risco de AVC cardioembólico (causado por coágulos oriundos do coração) foi 44% menor entre os que usavam fio dental regularmente. Esses dados sugerem que a prática de higiene bucal pode desempenhar um papel importante na prevenção de doenças cerebrovasculares.

Como o fio dental pode afetar a fibrilação atrial (AFib) A fibrilação atrial (AFib), uma condição caracterizada por batimentos cardíacos irregulares, também teve sua relação com o fio dental analisada. O estudo descobriu que a utilização do fio dental estava associada a uma redução de 12% no risco de desenvolver AFib.

Essa descoberta é especialmente significativa, pois a fibrilação atrial pode aumentar o risco de AVC, insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares graves.

A redução do risco de AFib pode ser explicada pela diminuição da inflamação e das infecções bucais, que são fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas.

Os pesquisadores sugerem que, ao melhorar a saúde bucal, o fio dental pode ajudar a evitar problemas cardíacos e cerebrovasculares, além de proporcionar benefícios para a saúde geral.

Benefícios adicionais do fio dental Além da prevenção de doenças do coração e do cérebro, o uso regular do fio dental pode trazer benefícios adicionais para a saúde bucal. O estudo indicou que o uso frequente do fio dental também está associado a um risco menor de cáries dentárias e doenças periodontais.

Isso ocorre porque o fio dental é eficaz na remoção de resíduos alimentares e na redução do acúmulo de placa bacteriana, fatores que podem levar ao desenvolvimento de infecções bucais.

Ao manter a boca limpa, o fio dental ajuda a prevenir a gengivite e outras condições que afetam a saúde dos dentes e gengivas, além de contribuir para o bem-estar geral.

Fio Dental: uma prática simples e acessível Os pesquisadores destacam que, apesar dos benefícios comprovados, muitas pessoas ainda não adquirem o hábito de usar fio dental regularmente. Isso pode ser atribuído à falta de conscientização sobre sua importância para a saúde cardiovascular, além de considerações sobre o custo de cuidados dentários.

No entanto, o fio dental é uma prática simples, acessível e de baixo custo, que pode ser facilmente incorporada à rotina diária. Sen, um dos autores do estudo, enfatizou que o uso do fio dental é uma forma eficaz e acessível de reduzir os riscos de AVC e problemas cardíacos.

A prática também pode incentivar hábitos saudáveis adicionais, como a alimentação balanceada e a prática de exercícios, contribuindo para a saúde a longo prazo.

Embora a prática de usar fio dental seja tradicionalmente associada à saúde bucal, este estudo revela que ela pode ter impactos profundos na prevenção de doenças cardíacas e cerebrais.

O uso regular de fio dental pode diminuir significativamente o risco de AVC e arritmias cardíacas, além de promover a saúde geral. A prevenção de doenças graves, como o AVC e a fibrilação atrial, pode ser mais simples e acessível do que muitos imaginam.

Incorporar o fio dental na rotina diária é uma maneira eficaz e de baixo custo de cuidar do corpo e evitar complicações graves no futuro. A saúde bucal, afinal, está intimamente conectada com a saúde do coração e do cérebro.

Saúde Lab