Você entra em um ambiente cheio de pessoas e sente o seu coração disparar. O medo do julgamento toma conta, e cada interação parece um desafio insuperável. Essa é a realidade de quem vive com ansiedade social. Agora, pense em alguém que evita o contato visual não por timidez, mas porque interpretar expressões faciais e entonações de voz é uma tarefa árdua. Essa é uma das muitas facetas do autismo.
Embora distintas, ambas as condições compartilham desafios nas interações sociais, tornando-se, por vezes, difíceis de diferenciar.
Ansiedade Social: O medo do olhar alheio Também chamada de fobia social, a ansiedade social vai além da timidez. É um transtorno psicológico que gera um medo intenso e persistente de situações onde a pessoa se sente exposta ao julgamento dos outros.[ Alguém com ansiedade social compreende perfeitamente as regras da interação social, mas evita situações temendo o olhar crítico do outro. Desde entrevistas de emprego até um simples encontro com amigos, cada interação pode ser um verdadeiro campo minado emocional.
Autismo: Quando a interação é um enigma No autismo, a dificuldade não está no medo do julgamento, mas na interpretação dos sinais sociais. Expressões faciais, tons de voz e linguagem corporal podem parecer um código indecifrável, tornando as interações sociais exaustivas. Além disso, estímulos sensoriais intensos – como barulhos altos ou luzes fortes – podem tornar situações sociais ainda mais desgastantes.
Como identificar a ansiedade social? Se você se reconhece em algumas dessas situações, a ansiedade social pode estar presente no seu dia a dia:
Ficar desconfortável em ambientes com muitas pessoas.
Evitar contato visual ao conversar.
Sentir ansiedade extrema só de pensar em uma entrevista de emprego.
Ter receio de entrar em uma sala onde outras pessoas já estão.
Se preocupar excessivamente com o julgamento alheio.
Preferir ficar sozinho para evitar interações sociais.
Sentir dificuldade para se expressar, mesmo sabendo o que quer dizer.
Sintomas Físicos: Quando o corpo fala pela mente A ansiedade social não afeta apenas os pensamentos, mas também o corpo. Alguns sintomas incluem:
Tremores incontroláveis
Sudorese excessiva
Sensação de boca seca
Rubor facial
Coração acelerado
Falta de ar
Náuseas
Ataques de pânico
A boa notícia: Há tratamento! A ansiedade social pode ser debilitante, mas não precisa definir sua vida. Há diversas abordagens eficazes para ajudar a reduzir os sintomas e melhorar sua qualidade de vida:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): auxilia na reestruturação dos pensamentos negativos.
Terapia de Exposição: ajuda a enfrentar gradualmente as situações temidas.
Medicação: em alguns casos, pode ser recomendada por um profissional.
Técnicas de Relaxamento: como mindfulness e exercícios de respiração.
Buscar ajuda é um passo essencial para transformar o medo em confiança e abrir caminhos para interações mais leves e naturais. Se identificou com o que leu? Não hesite em procurar um profissional especializado. Sua jornada para uma vida mais tranquila pode começar hoje.
Desde o começo do ano, o Brasil registrou uma redução no número de mortes e de casos prováveis da dengue se comparado ao mesmo período de 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, até 26 de abril deste ano, 791 óbitos foram registrados, número quase cinco vezes menor que o registrado no mesmo período de 2024, quando 3.797 pessoas morreram da doença.
Os casos prováveis de dengue também apresentaram queda, indo de 4.071.831 para 1.158.637 até o final de abril.
Segundo a pasta, a redução é resultado de ações do governo com foco na prevenção, controle vetorial, assistência à saúde, comunicação e uso de novas tecnologias. “O ministério tem reforçado a capacitação de profissionais, o apoio a estados e municípios, a ampliação da vacinação e a preparação da rede de assistência.”
No ano passado, o Brasil bateu os recordes de números de mortes e de casos por dengue. Entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil registrou 6.264 mortes causadas por dengue, com 416 óbitos ainda em investigação. Foram 6.6 milhões de casos prováveis da doença, mais de quatro vezes o número registrado em 2023.
O pico da contaminação foi em março, de forma antecipada, e chegou a 1,747 milhão de casos. Abril iniciou um período de queda que foi até setembro, com um leve aumento em outubro e novembro. A maior quantidade de mortes foi registrada em maio, com 1.344 óbitos.
Cenário atual Até sábado (26) passado, o Brasil registrou 791 mortes confirmadas de dengue e 1.158.637 casos prováveis.
Do total de mortes registradas no país, 70% foram em São Paulo, com 558. Paraná está em segundo lugar, com 58, seguido de Minas Gerais, com 57. Goiás aparece em seguida, com 28, acompanhado do Pará, com 20.
São Paulo também lidera em números absolutos de casos prováveis, com quase 60% dos registros. São 660 mil desde o começo do ano. Minas Gerais está atrás, com 124 mil, seguido do Paraná, com 93 mil, e Goiás, com 53 mil.
O estado paulista é o líder quando se trata sobre coeficiente de incidência. São 1.437,1 casos por 100 mil habitantes. Acre é o segundo colocado, com 887,1, e Paraná registra taxa de 792,6.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico é comum em jovens? Na semana passada, a cantora Karen Silva, ex-The Voice Kids, morreu aos 17 anos, vítima desta condição. O g1 conversou com neurologistas para entender mais sobre a incidência de AVC por faixa etária e os fatores de risco para este tipo de hemorragia em jovens.
O AVC é atualmente a terceira principal causa de morte no mundo, ficando atrás apenas da doença isquêmica do coração e da Covid-19. Além disso, é a doença que mais causa incapacidade no mundo. No Brasil, o cenário é igualmente preocupante, segundo o chefe da Neurocirurgia Vascular e Anatomia Microneurocirurgica da UNIFESP, Feres Chaddad Neto.
Cerca de 13% dos AVCs ocorrem na faixa etária de 18 e 50 anos, segundo a neurocirurgiã e diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), Vanessa Milanese.
O tabagismo é o principal fator de risco modificável para o AVC em mulheres jovens, especialmente quando associado ao uso de contraceptivos hormonais. E o risco é ainda maior em mulheres com predisposição genética, acrescenta o Chaddad Neto.
Mulheres com até 35 anos têm 44% mais chances de ter um acidente isquêmico cerebral, comparado aos homens.
O dado é resultado de uma meta-análise (estatística que combina resultados de vários estudos independentes) com cerca de 700.00 jovens adultos, publicada no Journal of Stroke e parcialmente apoiada pelo National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI), em 2022.
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Fatores de risco modificáveis são aqueles que podem ser alterados ou controlados por meio de mudanças no estilo de vida ou intervenções médicas.Estão relacionados a comportamentos e hábitos do indivíduo.
O pai de Karen, Fernando Sérgio da Silva, informou ao g1 que a jovem não apresentava nenhum tipo de anormalidade de saúde:
“Ela nunca foi de ficar sentindo dor de cabeça e qualquer tipo de dor. Ela era 100% saudável e 100% alto-astral. Uma menina com uma saúde imensa. O que houve foi uma fatalidade mesmo. Ela não tinha absolutamente nada”, contou o pai.
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O que é o AVC?
Popularmente conhecido como "derrame", o AVC tem duas formas principais de manifestação e as duas impedem o cérebro de receber oxigênio e nutrientes, o que pode causar danos irreversíveis. São elas:
AVC hemorrágico: causado pelo rompimento de um vaso, provocando sangramento cerebral. É mais comum em idosos e tende a ser mais grave, pois o sangue extravasado agride o tecido cerebral e pode elevar perigosamente a pressão dentro do crânio, o que exige intervenção imediata.
AVC isquêmico: causado pela obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Pode ocorrer por causa de uma oclusão do vaso por um trombo ou por uma placa que se formou naquela região. É o tipo mais comum de AVC em adultos jovens.
Incidência no Brasil e no mundo e por faixa etária
Número de atendimentos por de AVC no Brasil, segundo o Ministério da Saúde:
Em 2023, foram registrados 1.190.100 atendimentos, dos quais 42.188 em pessoas de até 25 anos (3,54%).
Em 2024, foram 1.354.007 atendimentos, sendo 47.476 em pessoas de até 25 anos (3,51%).
Número de óbitos por AVC no Brasil, segundo o Ministério da Saúde:
Em 2023 foram registrados 87.283 óbitos entre indivíduos com 25 anos ou menos, sendo 75 por AVC (0,09% do total), ocupando a 174ª posição entre as causas de morte nessa faixa etária.
Em 2024, dados preliminares indicam 43.524 óbitos, sendo 32 por AVC (0,08% do total), ocupando a 195ª posição.
Apesar de a doença ser mais frequentemente associada a idosos, a incidência entre jovens e adultos tem crescido. Estima-se que de 13% dos casos de AVC ocorram em pessoas de menos de 50 anos, refletindo uma tendência global, com destaque para países em desenvolvimento. E desde a pandemia, esses números vêm crescendo por causa do aumente da pressão arterial, que é um dos fatores de risco.
O AVC pode acometer indivíduos de qualquer idade.
Entre os 28 dias de vida e os 18 anos, a condição é chamada de AVCs infantis, sendo os meninos com até cinco anos os mais vulneráveis.
Já entre jovens adultos, de 18 a 45 anos, os casos isquêmicos representam cerca de 75% do total.
Segundo dados da World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC), um em cada seis indivíduos no mundo terá um AVC ao longo da vida. No Brasil, a cada cinco minutos uma morre após ter um AVC, de acordo com o Ministério da saúde.
Fatores de risco:
Diversos fatores contribuem para o aumento do risco de AVC, especialmente entre os mais jovens. Entre os principais estão:
Hipertensão arterial
Dislipidemia
Diabetes
Tabagismo
Obesidade
Outros fatores associados incluem:
Consumo excessivo de álcool
Uso de drogas como cocaína
Doenças ateroscleróticas (condição crônica que afeta os vasos sanguíneos e ocorre quando há acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas paredes das artérias, levando ao seu endurecimento e estreitamento)
Uso de anticoncepcionais
Sedentarismo
Estresse
Gravidez
*Estudos recentes também apontam que fatores ambientais, como a poluição do ar e o aumento das temperaturas, também podem desempenhar um papel relevante.
Cada vez mais os jovens têm doenças que são fatores de risco para o AVC, como diabetes, hipertensão, obesidade e uma vida estressante, conforme o neurologista Octávio Pontes Neto já informou ao g1. Além disso, outros fatores também podem aumentar a incidência: uso de drogas, anticoncepcionais orais e reposição hormonal.
Doenças do coração, especialmente as que produzam arritmias, aumentam o risco de AVC. As arritmias, por exemplo, provocam uma corrente sanguínea irregular e facilitam a formação de coágulos sanguíneos dentro do coração, que podem chegar pela circulação dos vasos do cérebro, diminuindo o fluxo sanguíneo e causando o AVC. Alguns exemplos de doenças são: infarto, fibrilação atrial, doenças nas válvulas e cardiopatia chagásica.
Fatores de risco mais específicos em mulheres
Nas mulheres, além dos fatores clássicos, há um conjunto de fatores modificáveis que aumentam o risco de AVC em idades mais precoces, como:
Uso de anticoncepcionais hormonais
Enxaqueca com aura (quando há alterações na percepção visual antes da dor de cabeça)
Tabagismo
Um estudo demonstrou que mulheres com enxaqueca com aura que faziam uso de anticoncepcional apresentavam risco significativamente maior de AVC isquêmico, mesmo quando expostas a doses baixas do hormônio.
Mas o tabagismo permanece como o principal fator de risco modificável para o AVC em mulheres jovens, especialmente quando associado ao uso de contraceptivos hormonais.
O risco é ainda maior em mulheres com predisposição genética, como aquelas com trombofilias — distúrbios caracterizados pela tendência à formação de coágulos sanguíneos.
Estilo de vida aumenta o risco de AVC em jovens
Sintomas
Os principais sintomas do AVC incluem:
Dor de cabeça intensa e repentina
Dificuldade para levantar os braços
Perda da força
Náuseas
Vômitos
Perda de equilíbrio
Dormência ou formigamento em partes do corpo
Alterações na visão
Alterações na fala
Sorriso torto
Em casos graves, pode levar à perda de consciência e crises epilépticas
O que fazer em caso de suspeita de AVC?
Caso você suspeite que uma pessoa esteja tendo um AVC, os médicos recomendam que se faça o teste SAMU:
Sorriso (peça para a pessoa sorrir. Veja se um lado do rosto não mexe)
Abraço (veja se a pessoa consegue elevar os dois braços como se fosse abraçar ou se um membro não se move)
Música (veja se a pessoa repete o pedacinho de uma música ou se enrola as palavras)
Urgente (chame o 192, serviço de urgência)
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de hemorragia cerebral é feito através de realização de exames de imagem, como:
tomografia computadorizada de crânio
ressonância magnética de crânio
Esses exames permitem identificar a hemorragia e estabelecer a sua localização, volume do sangramento e outras complicações.
A hemorragia cerebral pode causar morte por aumento da pressão intracraniana ou quando o sangramento ocorre em locais imprescindíveis para a vida como o tronco cerebral.
As consequências um AVC
As consequências do AVC dependem da rapidez do diagnóstico e o do tratamento, assim como da área afetada. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de recuperação.
A condição pode paralisar um lado do corpo, prejudicar a fala ou afetar a visão. Esses efeitos serão temporários ou permanentes dependendo da recuperação, ou seja, quanto mais rápido a isquemia for eliminada, maior a chance de não ter sequela.
Por que o AVC pode ser mais grave em jovens?
Com o tempo, as artérias desenvolvem um fluxo sanguíneo colateral, ou seja, outros caminhos para transportar o sangue são criados. Quanto mais jovem, menos caminhos existem, como explicou Pontes Neto. Por outro lado, o cérebro jovem tem uma capacidade maior de recuperação.
Como é feito o tratamento para um AVC isquêmico:
O tratamento é feito com remédios que dissolvem o coágulo ou diminuem a obstrução. Porém, os medicamentos devem ser ingeridos, principalmente, nas primeiras três horas após o aparecimento do problema.
Por isso, quando há suspeitas de que uma pessoa está sofrendo um AVC, a recomendação é levá-la imediatamente para o hospital.
Como é feito o tratamento para um AVC hemorrágico:
O tratamento para um AVC hemorrágico é complexo e depende da gravidade do caso. Ele deve ser iniciado o mais rápido possível para minimizar danos ao cérebro e melhorar as chances de recuperação. O tratamento inclui principalmente:
Controle da pressão arterial: Medicamentos anti-hipertensivos são usados para manter a pressão arterial sob controle e evitar a piora do sangramento
Medicação: analgésicos, sedativos e anticonvulsivantes podem ser administrados para controlar a dor, sedar o paciente e prevenir convulsões
Cirurgia: em casos graves, pode ser necessária uma cirurgia para remover o hematoma causado pelo sangramento e reparar os vasos sanguíneos
Terapia hemostática: utilização de vitamina K, plasma fresco congelado e transfusão de plaquetas para corrigir anormalidades na coagulação do sangue
Cuidados intensivos: monitoramento constante dos sinais vitais e suporte respiratório podem ser necessários, especialmente em unidades de terapia intensiva
Prevenção:
Manter uma rotina de exercícios
Evitar álcool
Evitar cigarro
Cuidar da pressão arterial
Controlar o estresse
Quem era Karen Silva
A prima de Karen, Thais da Silva, contou ao g1 que a jovem era uma menina incrível. “Engraçada, carismática, espontânea, onde ela chegava, ela conquistava todo mundo", afirmou.
Karen ficou conhecida nacionalmente após participar da edição de 2020 do programa da Rede Globo The Voice Kids. Na época, ela fez parte do time do Carlinhos Brown. Ao longo da carreira, Karen chegou a fazer participações na programação da TV Rio Sul. Uma das últimas foi em 2023, no quadro Diversão e Arte, no RJ1. Apesar ter ficado nacionalmente conhecida aos 12 anos, Karen ingressou no mundo da música um pouco mais cedo, aos 8 anos.
A assessoria da Karen publicou uma nota de pesar nas redes sociais. Leia na íntegra:
"Karen encantou o Brasil com sua voz potente e presença marcante ainda na infância, quando participou do The Voice Kids em 2020. Desde então, seguiu trilhando uma trajetória luminosa, unindo talento, carisma e representatividade em cada passo.
Mais do que uma artista promissora, Karen foi um símbolo de empoderamento, especialmente para meninas negras que encontraram nela inspiração e força para sonhar. Sua música, sua mensagem e sua alegria deixam marcas profundas em todos que a conheceram e acompanharam sua jornada.
Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus pais, Manoella e Fernando, com amigos, familiares e fãs. Que a lembrança de sua luz continue a nos guiar."
Descubra como superar o medo de acordo com a ciência: pesquisadores do MIT revelam o papel da dopamina no processo. Entenda por que esse mecanismo falha em casos de ansiedade e trauma, e quais são as novas perspectivas de tratamento.
O medo é como um alarme que nos protege do perigo. Imagine estar caminhando na floresta e de repente avistar uma cobra – seu coração acelera, seus músculos se tensionam e você fica alerta. Esse instinto salvou nossos ancestrais inúmeras vezes.
Mas, como superar o medo quando o perigo passa? Como o cérebro desliga esse alarme?
Uma pesquisa revolucionária do MIT descobriu que o segredo está em uma substância que você já conhece: a dopamina. Sim, o mesmo químico ligado à sensação de prazer também é o sinal que diz ao cérebro: “Pode relaxar, a ameaça acabou.”
O poder de “desligar” o medo Quando enfrentamos algo assustador – como um susto inesperado ou uma situação traumática –, o cérebro registra esse medo para nos proteger no futuro. Mas, se esse medo persistir mesmo quando não há mais perigo, ele pode se transformar em ansiedade crônica ou até em transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Os cientistas descobriram que existe um sistema natural no cérebro que nos ajuda a superar esses medos. Ele funciona assim:
O medo é registrado em uma parte do cérebro chamada amígdala (não a da garganta, mas uma região que processa emoções). Quando o perigo desaparece, outro grupo de neurônios entra em ação, liberando dopamina como um “tudo limpo“. Essa dopamina substitui o medo por uma sensação de segurança, como se o cérebro dissesse: “Você não precisa mais ficar em alerta.“ Por que algumas pessoas não conseguem superar o medo? O problema acontece quando esse sistema falha. Algumas possíveis razões:
Traumas muito intensos podem “sobrecarregar” o circuito, dificultando o desligamento do medo. Diferenças genéticas podem fazer com que algumas pessoas tenham menos receptores de dopamina nessa região. Estresse crônico pode desgastar esse mecanismo, deixando o cérebro preso no modo alerta. É por isso que, para algumas pessoas, o medo de um acidente de carro, por exemplo, persiste mesmo anos depois. Ou por que veteranos de guerra ainda reagem a sons altos como se estivessem em combate.
Como superar o medo? Como isso pode ajudar no tratamento da ansiedade e do TEPT? A boa notícia é que, ao entender esse mecanismo, os cientistas estão mais perto de desenvolver tratamentos mais eficazes. Algumas possibilidades futuras:
Terapias que estimulem essa via da dopamina, ajudando o cérebro a “apagar” memórias de medo desnecessárias. Exercícios e técnicas de exposição gradual (como terapia cognitivo-comportamental) podem fortalecer esse sistema natural. Medicamentos mais precisos que atuem exatamente nessa região, sem os efeitos colaterais dos ansiolíticos atuais. O que isso significa para você? Superar o medo não é apenas uma questão de força de vontade – é um processo biológico. Se você já sentiu que um medo antigo ainda te assombra, saiba que há uma explicação científica para isso. E, mais importante, há esperança.
A ciência está começando a desvendar como ajudar o cérebro a deixar para trás os medos que não servem mais. Enquanto isso, técnicas como meditação, exercícios físicos e terapia já são formas comprovadas de fortalecer nossa resiliência emocional.
O medo nos protege, mas não deveria nos aprisionar. E agora, graças a descobertas como essa, estamos um passo mais perto de recuperar o controle.