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Nesta quinta-feira (9), Dia Mundial do Rim, chama-se atenção para a importância desses órgãos para o nosso corpo e as funções deles. Entre os tantos papéis que os rins desempenham, um deles é desconhecido de muitos: a manutenção da saúde óssea.

rins

Vale ressaltar que, de forma geral, os rins exercem funções variadas, mas de extrema importância, como a eliminação do excesso de líquido e a retenção do volume necessário.

"Os rins filtram o nosso sangue — eliminam todas as toxinas que nosso metabolismo produz — e, além disso, têm relação com a produção de alguns hormônios, como o que produz e estimula a produção de sangue, a eritropoetina", explica Henrique Carrascossi, médico especialista em nefrologia da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia) e da AMB (Associação Médica Brasileira).

Porém, em especial, os rins estão relacionados à produção de vitamina D. Segundo Carrascossi, para que a vitamina D se torne ativa no corpo humano, ela tem de passar pelos rins e sofrer uma hidroxilação — termo químico para caracterizar uma parte da ativação desse composto.

Essa é uma das funções que tornam esses órgãos essenciais à saúde óssea.

"O rim faz ativação da vitamina D, que é o calcitriol. Esse calcitriol é o responsável por ir lá no nosso intestino fazer a reabsorção do cálcio e do fósforo, além das funções imunológicas dele", diz o nefrologista.

A médica nefrologista Milena Vasconcelos, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, complementa essas informações ao contar que isso ocorre porque o rim tem uma enzima que transforma a vitamina D inativa em vitamina D ativa.

"Hoje, sabe-se que essa enzima existe em várias partes do nosso corpo, e não só rim. Só que, predominantemente, essa enzima vem do rim. Então, a partir do momento em que o paciente perde a função do rim, ele perde essa produção de vitamina D", diz Vasconcelos.

Pessoas com doença renal crônica acabam sofrendo com excesso de fósforo no corpo, porque o rim deixa de eliminar esse mineral.

"Os alimentos que nós comemos, quase todos, têm fósforo. Então os pacientes renais crônicos têm hiperfosfatemia — excesso de fósforo no corpo —, o que faz com que haja uma ativação muito grande do hormônio da paratireoide. E esse paratormônio tem a função de ir ao osso e retirar cálcio dele", alerta Carrascossi.

Essa retirada é uma tentativa do corpo humano de fazer uma remodelação óssea, ou seja, ele retira cálcio do osso para levar à circulação sanguínea.

Isso, no entanto, faz com que esses pacientes tenham mais risco de desenvolver problemas ósseos, por exemplo, osteoporose.

"Quando o paciente perde a função do rim e entra na diálise, o risco de ele desenvolver uma doença mineral óssea é quase de 100%. Quanto mais tempo em diálise, mais risco de desenvolver essa doença — o osso do paciente vai ficando fraco", explica Vasconcelos.

Entende-se como doença mineral óssea uma série de condições, como osteofibrosa, osteomalácia, osteoporose e doença óssea adinâmica.

"Os rins estão relacionados a essas duas questões. Diretamente na produção da vitamina D, por conta do calcitriol, e, indiretamente, por deixar acumular fósforo no nosso corpo e, consequentemente, ativar o PTH e tirar cálcio do osso", relata o nefrologista. Como manter bom funcionamento dos rins?

Para manter esses órgãos funcionando da forma correta, é essencial cuidar da saúde de forma geral.

Portanto, controlar a pressão arterial e os níveis de glicemia no sangue, evitar o tabagismo e também o consumo excessivo de álcool, além de fazer atividade física, estão na lista dos hábitos que devem fazer parte da rotina.

"Os pacientes já com doença renal crônica instalada vão ter que ter um seguimento com um especialista. Em muitos casos temos que repor o calcitriol, nós temos comprimidos de calcitriol, tem calcitriol injetável, e usamos nesses pacientes e nos casos mais avançados de doença renal. É bem complexo, precisa de um especialista para ajudar nessas questões", finaliza Carrascossi.

R7

Reprodução / Hospital do Rim

A vacinação contra a mpox começa em março. O Ministério da Saúde informa que vai distribuir 47 mil doses da vacina contra a doença aos estados e ao Distrito Federal.

Segundo a pasta, os imunizantes serão enviados de acordo com o andamento da vacinação e com as demandas de cada unidade federativa. A data do início da imunização ainda não foi definida.

Nessa primeira fase, terão prioridade pessoas com maior risco de evolução para as formas graves como, por exemplo, portadores do vírus da Aids e profissionais de laboratórios. De acordo com o Ministério da Saúde, esse público-alvo inicial representa cerca de 16 mil pessoas. Além desses, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a mpox.

O ministério também informou que a estratégia e o público prioritário para a vacinação foram acordados com os estados, municípios e o DF. Os casos da doença estão em queda em todo o mundo e no Brasil.

Agência Brasil/Reporter da Radio Nacional

O toque retal, o exame mais comum para rastrear o câncer de próstata, pode não ser tão eficaz quanto se imaginava. Pesquisadores descobriram que o método pode estar deixando passar despercebido casos precoces da doença.

O achado foi apresentado nesta quarta-feira (8), no Congresso Anual da Associação Europeia de Urologia, em Milão, na Itália.

"Uma das principais razões para o rastreamento do câncer de próstata é detectá-lo nos pacientes o mais cedo possível, pois isso pode levar a melhores resultados do tratamento. Mas nosso estudo sugere que o exame de toque simplesmente não é sensível o suficiente para detectar esses cânceres em estágio inicial", disse Agne Krilaviciute, a principal autora do estudo, em um comunicado.

No Brasil, o câncer de próstata é o mais incidente em homens, com 71,3 mil novos novos casos em 2022, segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Também é o segundo tipo que mais provoca óbitos em indivíduos do sexo masculino — atrás apenas de câncer de traqueia, brônquios e pulmões —, com 15,8 mil mortes em 2020. No estudo alemão, os cientistas reuniram informações de 46.495 homens, de 45 anos de idade, disponíveis na base de dados de quatro universidades — Technische Universität München, Hannover, Heidelberg e Düsseldorf — entre 2014 e 2019.

Metade dos voluntários passou pelo teste de Antigénio Específico da Próstata (PSA, na sigla em inglês), que mede o nível de glicoproteína — produzida pelas células da próstata – no sangue, logo após terem completado 45 anos.

Já os demais, chamados de grupo de rastreamento tardio, fizeram, inicialmente, apenas o toque retal e, aos 50 anos, o PSA.

Dentre os 6.537 homens que foram submetidos ao exame de toque, 57 apresentaram alguma suspeita da doença e foram encaminhados para uma biópsia. Desse total, apenas três foram diagnosticados com câncer de próstata.

Esse número, porém, quando comparado a outros métodos, como o PSA, foi considerado baixo.

"O toque retal deu resultado negativo em 99% dos casos, e mesmo aqueles considerados suspeitos tiveram uma baixa taxa de detecção. Os resultados que vimos do estudo mostram que o teste de PSA aos 45 anos detectou quatro vezes mais cânceres de próstata", relatou a autora.

Outra forma mais efetiva que o toque retal para detectar a doença de forma precoce é a ressonância magnética.

"A análise separada, que usou exames de ressonância magnética antes das biópsias para localizar cânceres na próstata, mostrou que cerca de 80% deles estão em uma área que deveria ser fácil de alcançar com um dedo, e ainda assim os cânceres não foram detectados pelo exame de toque", explica Krilaviciute.

Uma das possíveis explicações para essa situação é que as mudanças no tecido da próstata, especialmente em homens mais jovens, podem ser tão pequenas que impossibilitam a percepção com o dedo. Além disso, alguns tipos de câncer também ocorrem em áreas de difícil alcance para o dedo.

Vale lembrar que o urologista faz o toque retal para buscar algum inchaço incomum ou caroço no reto que possa indicar um sinal da doença.

"O câncer em estágio inicial pode não ter tamanho e rigidez para ser palpável", alertou Peter Albers, autor sênior do estudo e urologista da Universidade de Düsseldorf. Para que se aumentem as chances de encontrar a doença, os pesquisadores recomendam que os programas governamentais integrem o PSA e o exame de ressonância magnética na triagem de câncer de próstata.

Segundo o urologista, substituir o toque retal também pode fazer com que mais homens compareçam às consultas e estejam dispostos a rastrear a doença, já que são métodos menos invasivos.

"Na Alemanha, por exemplo, a taxa de participação é inferior a 20% no programa de triagem para homens de 45 a 50 anos. Se em vez disso fossem oferecidos testes de PSA, mais deles poderiam estar dispostos a vir", exemplifica Albers.

A recomendação médica geral é que homens acima de 50 anos façam periodicamente consultas para o rastreamento de câncer de próstata.

No caso de negros, obesos mórbidos ou com histórico familiar (parentes de primeiro grau) desse tipo de tumor, os exames devem começar aos 45 anos.

R7

 

Conhecido por inúmeros benefícios, o mel é um ingrediente que se faz presente em muitos lares brasileiros. Entretanto, onde há crianças, o produto pode não apenas se fazer essencial, como até salvar vidas. Isso porque o mel é um grande aliado nos acidentes em que os pequenos engolem pilhas e baterias, por exemplo, de brinquedos.

De acordo com um estudo de 2019, feito por pesquisadores do Hospital Infantil da Filadéfia e do Nationwide Children's Hospital, ambos nos Estados Unidos, o mel seria um importante protetor dos tecidos esofágicos e gastrointestinais quando houvesse tal tipo de ingestão.

"O mel age como um revestimento protetor, pela sua viscosidade, e retarda a geração de hidróxido", explica a farmacêutica bioquímica Eliane de Castro, do Ciatox do HCFMUSP (Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Entretanto, apesar de ajudar, o mel não substitui a retirada imediata da bateria alojada no esôfago.

"As pilhas e baterias são constituídas por solução eletrolítica (hidróxido de sódio ou de potássio) e metais pesados (mercúrio, prata, zinco, cádmio, lítio etc.). Quando engolidas ou aspiradas, podem causar impactação no esôfago, causando dificuldade para engolir, vômitos, falta de ar, febre e queimaduras graves, além do risco de necrose ou perfuração dos órgãos", afirma Eliane.

De acordo com o farmacêutico bioquímico Alaor Aparecido Almeida, do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto de Biociências da Unesp (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"), as ocorrências são mais comuns com pilhas e baterias do tipo disco, entre crianças de 2 a 8 anos, mas também ocorrem com idosos.

Quando o incidente acontece com baterias com diâmetro de 6 mm a 12 mm, há maior recorrência de lesões leves a moderadas, que totalizam cerca de 8% dos casos. Já nos casos de baterias com diâmetro entre 15 mm e 25 mm, as lesões vão de moderadas a graves em cerca de 25% das ocorrências.

Constatada a ingestão ou aspiração de bateria ou pilha, pais ou adultos responsáveis devem cessar a alimentação da criança e buscar o atendimento médico.

Durante a espera até o atendimento, pode ser recomendada a ingestão do mel, administrado em 10 ml (duas colheres de chá) por via oral a cada dez minutos, até completar seis doses, entre o tempo decorrido da ingestão e a chegada ao hospital.

Entretanto, o mel só é recomendado para crianças a partir de 2 anos de idade. A orientação ocorre porque, até 1 ano de idade, há o risco de botulismo infantil, causado por esporos da bactéria Clostridium botulinum, eventualmente contidos no mel e muito agressivos para o lactente. "O desenvolvimento dos órgãos ainda incompletos torna esse grupo etário mais vulnerável ao botulismo infantil", afirma Eliane.

Os médicos advertem que a utilização do mel, no entanto, só deve ser feita se já houver o ingrediente em casa. Caso não haja, eles orientam a ida imediata ao hospital, sem parar para comprá-lo.

Almeida alega que o procedimento para a retirada da bateria é de caráter de urgência, antes de completar 6 horas de exposição, visto que estudos apontam para possível perfuração esofágica após esse tempo.

Eliane explica que, iniciado o atendimento médico, a bateria é localizada por meio de exame de raio-X. Detectada, a bateria é extraída, geralmente, por meio da realização de uma endoscopia.

Após a retirada, a criança deve ser mantida em observação pelos pais — para que possam relatar possíveis novos sintomas e buscar novo atendimento médico — e ter uma dieta leve.

Por fim, a recomendação para que não haja esse tipo de problema é evitar oferecer brinquedos com pilhas a crianças menores de 5 anos anos, e, se ofertados, que sejam aqueles em que as baterias não são facilmente removíveis; manter trancados os locais de armazenamento de controles remotos, relógios e supervisionar quando brincam com brinquedos eletrônicos; verificar se os compartimentos das baterias estão bem fechados e, se necessário, lacrá-los; e realizar o descarte adequado das pilhas e baterias, sempre fora do alcance da criança.

R7

Foto: Freepik