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butantannO Instituto Butantan confirmou que a produção da CoronaVac está suspensa por falta de insumos. A indefinição do governo da China em liberar o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), essencial para a fabricação do imunizante contra a covid-19, pode afetar o cronograma de vacinação a partir de junho, segundo o diretor do Instituto, Dimas Covas.

Segundo o instituto, todos os insumos recebidos já foram processados e nesta sexta-feira (14) serão entregues mais 1,1 milhão de doses ao Ministério da Saúde. A partir disso, a produção só será retomada quando chegar mais IFA.

São 10 mil litros de insumos retidos na China, o que daria para produzir 18 milhões de doses da CoronaVac. Dimas Covas acredita que a situação se deve a um entrave diplomático. "Segundo o embaixador chinês, essa autorização não vai se cumprir. A qualquer momento, aguardamos essa confirmação, mas até o momento, a liberação não irá ocorrer", afirmou. Apesar da incerteza, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mantém a previsão de entrega de 100 milhões de doses da CoronaVac até 30 de setembro. Mas há possibilidade de revisão de acordo com o tempo de atraso.

Segundo o governo paulista, mais de 70% da vacinação contra a covid-19 em todo o país depende da CoronaVac.

"Situação parecida é enfrentada pela Fiocruz, que a informação que eu tenho é que não teve o seu IFA liberado. Preocupa muito, porque o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, poderá sofrer algum impacto", ressaltou Dimas Covas.

No último dia 6, Doria lamentou as declarações do governo federal contra a China, hoje o único fornecedor de insumos para a produção de vacinas. Segundo ele, os ataques direcionados ao país já impactavam o ritmo de liberação de IFA.

"É lamentável depois de o ministro da Economia Paulo Guedes falar mal da vacina, da China e fazer críticas ao governo chinês, o presidente Bolsonaro seguiu a mesma linha. É inacreditável que, numa circunstância em que temos de salvar vidas e termos mais vacinas, tenhamos alguém criticando o grande fornecedor de insumos. Já se criou um profundo mal estar essas declarações agressivas e absolutamente desnecessárias",disse Doria na ocasião.

O Instituto Butantan, no entanto, vai manter a produção da vacina contra a gripe.

R7

Foto: SEDAT SUNA/EFE/EPA

Após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a suspensão do uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz para mulheres gestantes e puérperas e com o anúncio da paralisação temporária pelo Ministério da Saúde através do Programa Nacional de Imunização, a Secretaria de Saúde de Floriano decidiu interromper a imunização desse grupo (gestantes e puérperas com comorbidades) no município.

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Com isso, a Diretoria de Imunização de Floriano informa que vai aguardar a nota técnica do Ministério da Saúde que serão publicadas nos próximos dias através do Plano Nacional de Imunização, o PNI.

A decisão, pelo Ministério da Saúde, é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas contra a covid-19 em uso no país. “O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, ressaltou a Anvisa.

No caso das vacinas Coronavac e da Pfizer, o Ministério autoriza o uso apenas nos casos de mulheres com comorbidades. Aquelas que não apresentarem condições de saúde enquadradas nesta categoria não deverão ser imunizadas.

 

A medida anunciada nesta terça-feira (11) pelo MS, ocorreu após a pasta ter sido informada na última sexta-feira (7) do episódio de uma gestante que teria morrido após ter recebido a vacina Oxford/AstraZeneca. Contudo, em entrevista coletiva hoje (11), representantes do Ministério e especialistas do comitê do Programa Nacional de Imunizações (PNI) alertaram que o caso está em investigação e ainda não foi confirmada se a causa do óbito está relacionada ao imunizante.

A coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunização), do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, informou que ainda não foi definido protocolo para o caso das gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose. Uma nota técnica deverá ser divulgada até o fim da semana. Enquanto isso, a orientação é que essas não recebam a segunda dose.

 

Estudos realizados por pesquisadores da Universidade do Alabama em Birmingham (UAB), nos Estados Unidos, apresentam mais uma ponta de esperança na luta contra a covid-19. Essas pesquisas apontam resultados satisfatórios em relação a uma vacina em spray de dose única criada pela biofarmacêutica Altimmune Inc.

De acordo com o Olhar Digital, que cita o Medical Xpress, os novos dados revelam que uma única dose da vacina, chamada de AdCOVID, apresentou uma imunidade esterilizante nos pulmões de animais vacinados, sendo que os animais não vacinados apresentaram uma infecção pulmonar densa após serem infectados com o vírus que causa a covid.

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Scot Roberts, diretor científico da Altimmune, afirmou que na fase atual da pesquisa foram encontradas grandes cargas de SARS-CoV-2 nos pulmões de camundongos que não receberam a vacina.

Os pesquisadores consideram que a vacina em spray pode fornecer imunidade esterilizante que neutraliza o vírus infeccioso, o que pode ser a melhor forma de bloquear a transmissão viral.

Vale destacar que a vacina em spray da Altimmune ainda está em fase de ensaio clínico de Fase 1 para testar a segurança e imunogenicidade em pessoas.

IstoÉDinheiro

As empresas farmacêuticas devem dispor de três meses para liberarem a patente das suas vacinas contra covid-19 a outros fabricantes e, se não estiverem de acordo, devem ter suspensos seus direitos de propriedade intelectual, segundo sugeriu nesta quarta-feira (12) o Painel Independente sobre Preparação e Resposta à Pandemia.

A recomendação é o resultado de uma análise de oito meses de falhas na gestão da atual crise sanitária encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O relatório apresentado hoje sugere um prazo de 90 dias para se chegar a um acordo com os países onde as vacinas são produzidas e as empresas proprietárias das patentes para que os imunizantes por elas desenvolvidos possam ser produzidos em mais partes do mundo.

Esta é vista como a única forma de aumentar a capacidade de produção a um nível suficiente para satisfazer a imensa demanda global por vacinas e para resolver o problema da distribuição desigual.

Para tanto, a OMS, que coordena a gestão global da pandemia, e a Organização Mundial do Comércio (OMC) são convidadas a reunir as empresas farmacêuticas e os países onde têm sua sede para procurarem uma solução negociada, à qual têm se mostrado relutantes.

Os países ricos com interesses no setor farmacêutico opuseram-se na OMC a uma proposta apresentada há mais de meio ano pela Índia e pela África do Sul no sentido de suspender temporariamente as patentes de vacinas, o que também é rejeitado pelas empresas, que argumentam que esta medida iria minar sua capacidade de inovação.

O recente anúncio do governo dos Estados Unidos de que é favorável a uma suspensão de patentes nesta situação de emergência sugere que as negociações sobre esta questão na OMC poderiam finalmente progredir.

As vacinas estão concentradas em países ricos, enquanto dezenas de nações ainda não começaram a imunização contra a covid-19 ou a fizeram em níveis insignificantes.

A copresidente do painel e ex-presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, recordou que alguns países compraram doses suficientes para vacinar sua população duas vezes.

Ao divulgar o relatório, Johnson apelou a todos os países que alcançaram cobertura vacinal suficiente para doarem "pelo menos um bilhão de doses até 1º de setembro" e dois bilhões de doses até meados de 2022.

Os principais beneficiários devem ser os 92 países mais pobres do mundo que não dispõem de recursos para comprar vacinas e estão à espera de receber doses do consórcio Covax, criado pela OMS para combater a distribuição desigual de vacinas.

EFE