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Ainda nesta segunda-feira, 25, o Piauí deve receber mais 11 mil doses da vacina CoronaVac. O avião com o material deverá pousar no aeroporto de Teresina às 18 horas. Inicialmente, a previsão era para o voo chegar ao Piauí às 16h50. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) esclarece que essas doses complementam a primeira remessa das vacinas que chegaram ao estado na semana passada.  A primeira remessa da CoronaVac foi de 61.160 doses. O Piauí também recebeu 24 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Nesta segunda, a Sesapi divulgou o “vacinômetro”, que é uma plataforma para acompanhar a campanha de vacinação contra a Covid-19 no estado. Com a ferramenta, o estado busca transparência na evolução da vacinação no Piauí, por fases e ordem de prioridade. O superintendente da Sesapi, Herlon Guimarães, ressalta que o painel de transparência faz parte do plano nacional de imunização.

De acordo com a ferramenta, 13.113 pessoas já receberam a primeira dose da CoronaVac no estado. Desse total, 12.840 doses foram recebidas por profissionais de saúde, 264 por idosos residentes em instituições de longa permanência e nove pessoas com deficiência institucionalizadas, diz a Sesapi.

Guimarães esclarece que o Ministério da Saúde enviou doses a mais para o estado na primeira remessa da CoronaVac. "O Ministério da Saúde havia passado uma quantidade y de profissionais; só que ele mandou vacinas a mais para uma quantidade que depois ele definiu a mais de profissionais. Iremos receber na tarde de hoje o equivalente a 6% de vacinas para profissional de saúde. Amanhã nós iremos distribuir 10% para os profissionais de saúde. Então, nós vamos acrescer no que havia ficado do primeiro lote porque a vacina é a mesma”.  

"É de extrema importância essa transparência com a população até porque é um produto que o mundo inteiro está querendo. Nós precisamos trabalhar com segurança, com honestidade, com transparência, para que toda a nossa população piauiense possa sair disso o mais rapidamente”.

O superintendente também explica que a plataforma lançada nesta segunda não é oficial. A oficial é a plataforma do Ministério da Saúde, que contará com dados mais específicos, como CPF do vacinado, o CPF do profissional de saúde que aplicou a vacina e o local de vacinação. Por hora, os municípios vão atualizar os dados locais na plataforma da Sesapi para manter o controle da vacinação.

“Neste momento, nós começamos a fazer o monitoramento dessas doses aplicadas. É importante dizer que o estado do Piauí é o primeiro a sair na frente com esse painel. São servidores do estado que trabalharam na construção desse painel. É importante esclarecer que esse painel não é oficinal, nós criamos essa ferramenta para que os municípios possam colocar os seus dados para que, no momento em que a plataforma do Ministério da Saúde esteja estável, em condição de atualizar, o município possa atualizar nela”, diz o superintendente.

 

cidadeverde

hanseniaseManchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são sintomas de uma doença que tem cura mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros: a hanseníase.

No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

Atenção aos sintomas

O presidente da SBD, diz que, mesmo áreas sem manchas, em que a pessoa se queime e não perceba, ou que se machuque e não sinta dor, indicam falta de sensibilidade no local. Isso é provocado por lesões nos nervos causadas pela hanseníase. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.

O período de incubação da hanseníase, desde o momento em que a pessoa entra em contato com a micróbio até a doença aparecer, vai de dois até dez anos pois a bactéria responsável pelos sintomas se multiplica muito lentamente. Por isso, a doença atinge muitas crianças e jovens. “Quanto mais jovem a pessoa, mais anos ela vai viver e mais chances tem de adoecer.”, afirma Gonçalves.

Do total dos 312 mil registros feitos de 2010 até 2019, 30% foram diagnosticados com algum grau de incapacidade física, ou seja, apresentavam perda de força ou da sensibilidade ou ainda deformidades visíveis nas mãos, pés ou olhos, o que compromete o trabalho ou a realização de atividades do dia a dia, alertou o especialista.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a detecção e o tratamento precoces da doença são fundamentais para que o paciente possa se tratar e não apresente sequelas, além de diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com as quais convive.

Incidência e transmissão

Heitor Gonçalves explicou que o maior fator de risco para a hanseníase são condições socioeconômicas de aglomerações. Um exemplo são as deficiências de habitação que fazem com que mais pessoas morem juntas e acabem transmitindo a doença por meio da tosse. A aglomeração no transporte é outro fator. Contribuem ainda o baixo nível educacional e a dificuldade de acesso a sistemas de saúde. Eles dificultam diagnóstico precoce e facilitam a transmissão.

Gonçalves informou que a maior incidência da hanseníase no Brasil está nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano (IDH). O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país. O vice-presidente da SBD chamou a atenção, entretanto, que, no Rio Grande do Sul, se perdeu a cultura de buscar casos de hanseníase e de se divulgar a doença no estado. Com isso, pacientes chegam nos médicos para diagnóstico já com incapacidade física. “Essa é uma sequela da falsa eliminação”.

Preconceito

O presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio.  A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam. Segundo Gonçalves, “o bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora”. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse, reiterou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. Essa diferença, contudo, está diminuindo, indicou o vice-presidente da SBD. O que ocorre, “provavelmente, é que o homem ainda se expõe mais que as mulheres”, avaliou. Os homens, além disso, não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Considerando as classes sociais mais desfavorecidas, os homens saem mais do que as mulheres. “Esse talvez seja o motivo”, estimou o dermatologista

Campanha

Gonçalves afirmou que a SBD tem como princípio e missão resgatar seu papel na abordagem das doenças negligenciadas que acometem a pele. A principal delas é a hanseníase. Há também a leishmaniose, sífilis, entre outras.

Em apoio à mobilização do Ministério da Saúde, os dermatologistas brasileiros farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD, descrevendo sinais e sintomas da hanseníase e orientando sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A campanha do Janeiro Roxo, criada no Brasil em 2016, aborda também a necessidade de se combater o estigma e o preconceito contra as pessoas que têm a doença.

O tratamento para a hanseníase é gratuito no país e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, salientou que apesar de ser uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, seu tratamento precoce promove a cura. Segundo enfatizou, a prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, porque isso ajuda a evitar a transmissão e o surgimento de novos casos.

 

Agência Brasil

Foto: SMS de Mesquita/RJ

 

A relação entre a Helicobacter pylori e o câncer de estômago é motivo de pesquisa na ciência médica, já que a prevalência dessa bactéria em humanos é alta. E se este microrganismo for um fator de risco para o desenvolvimento do câncer?

Sintomas como dor de estômago, náusea e vômito podem ser indicativos de gastrite, e têm diferentes causas. Uma delas é a presença da bactéria Helicobacter pylori no trato digestivo. Estudos de prevalência estimam que mais de 70% das infecções por esse microrganismo sejam assintomáticas.

Esta bactéria é uma dor de cabeça para os pesquisadores, pois além de gastrite e úlceras pépticas, parece estar relacionada a alguma forma de câncer. Será que ela é tão perigosa assim? Descubra a seguir.

A bactéria Helicobacter pylori
Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa na forma de bacilo helicoide. Habita o epitélio gástrico humano, ou seja, dentro do estômago.

Ela mede cerca de três mícrons e possui quatro a seis flagelos, que permitem que se mova pelo ambiente com grande liberdade. É microaerofílica, por isso requer oxigênio para a sua sobrevivência, embora em baixas concentrações.


Cada população humana tem cepas características de H. pylori. Isso permitiu que os cientistas estimassem os padrões migratórios dos seres humanos nos tempos antigos, que explicam a relevância do microrganismo e sua presença desde tempos imemoriais.

Como ela é transmitida e espalhada?
Esta bactéria foi isolada em amostras fecais e orais de pacientes infectados, por isso sugere-se que o método mais comum de transmissão seja por beijos ou contatos orais. É um microrganismo que adquirimos desde a infância devido à sua grande distribuição geográfica.

Em certas partes do mundo, a rota fecal-oral é a escolha da bactéria para se espalhar. O consumo de água infectada ou contaminada com resíduos é uma rota simples de entrada.


Qual é a relação da Helicobacter Pylori com o câncer?
Além de causar gastrite e úlceras, este microrganismo parece estar relacionado ao linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT), um tipo de adenocarcinoma gástrico. Seus sintomas são gerais, como perda de peso, anemia, desconforto e dor abdominal.

Estudos reveladores
Uma infecção a longo prazo desta bactéria parece estar positivamente relacionada com a presença de adenocarcinomas gástricos. Um estudo que analisou 17 populações em 13 países mostrou que havia seis vezes mais risco de câncer gástrico em pessoas com essa bactéria do que em pessoas que não a tinham.

Além desta variação espacial, há um importante componente temporal. O acompanhamento de 1225 pacientes taiwaneses constatou que, após 8 anos de monitoramento, 2,9% dos que tinham a Helicobacter pylori desenvolveram câncer gástrico, enquanto nenhum caso foi observado entre os não infectados.

Ainda assim, essas tendências não estão tão claras em outras áreas do mundo. Por exemplo, na África, não foi demonstrada uma correlação clara entre o câncer e a presença do microrganismo.

Como essa relação ocorre?
Várias hipóteses foram propostas para explicar a correlação exata entre a H. pylori e o câncer gástrico, mas seu mecanismo de ação ainda não foi totalmente compreendido. As interações possíveis incluem:

Esta bactéria causa danos à mucosa gástrica, o que resulta em danos à superfície epitelial do estômago. O DNA é danificado e fatores protetores, como a vitamina C, são reduzidos.


O dano promove a proliferação celular, pois as células danificadas devem ser substituídas.


Células derivadas da medula óssea que se diferenciam em células gástricas na presença de H. plyori seriam as mais propensas a se tornarem cancerígenas. Essa hipótese é chamada de teoria da migração de células de medula óssea.


O mecanismo apresentado é uma possível explicação, uma hipótese, mas não a definitiva. As interações entre essas bactérias e vários problemas de saúde ainda estão sendo estudadas.


Conclusão entre a relação da Helicobacter pylori com o câncer
Estima-se que dois terços da população mundial já tenha sido infectada por essa bactéria, por isso podemos dimensionar o problema e a preocupação com o tema nos estudos. Mais de 70% das infecções são assintomáticas, então o risco de câncer a partir desse microrganismo pode passar despercebido.

Nos casos em que úlceras e outras doenças se desenvolvem, a H. pylori pode ser eliminada usando antibióticos como a amoxicilina. Por isso, é importante ir ao médico em caso de suspeita, já que uma boa prevenção é sempre a melhor opção.

 

melhorcomsaude

A empresa de biotecnologia norte-americana Moderna anunciou nesta segunda-feira (25) que a vacina contra covid-19 desenvolvida por ela em parceria com o NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA) é capaz de neutralizar variantes do coronavírus que foram identificadas no ano passado no Reino Unido e África do Sul.

Os testes foram realizados com células in vitro logo após os dois governos divulgarem o surgimento das novas cepas, no fim do ano passado.


"A vacina da Moderna produziu títulos neutralizantes contra todas as variantes emergentes testadas, incluindo B.1.1.7 e B.1.351, identificadas pela primeira vez no Reino Unido e na República da África do Sul, respectivamente. O estudo não mostrou impacto significativo nos títulos neutralizantes contra a variante B.1.1.7 em relação às variantes anteriores. Uma redução de seis vezes nos títulos neutralizantes foi observada com a variante B.1.351 em relação às variantes anteriores. Apesar desta redução, os níveis de título de neutralização com B.1.351 permanecem acima dos níveis que se espera sejam protetores", afirmou a empresa em comunicado ao mercado.

Embora diferentes, elas possuem similaridades nas mutações, já que todas ocorreram na chamada proteína spike (espícula), uma espécie de chave na superfície do vírus que se conecta aos receptores humanos para o vírus conseguir entrar no organismo.

Nova vacina
Embora os resultados divulgados hoje sejam otimistas, a Moderna anunciou novas estratégias para combater variantes emergentes, especialmente a da África dos Sul.


A empresa quer testar uma dose de reforço, além das duas atuais, como forma de compensar a perda de anticorpos provocada pela exposição à cepa B.1.351.

Uma linha de pesquisa para uma nova vacina também já foi criada. Os estudos ainda estão na fase 1 e buscam avaliar o benefício imunológico quando a vacina é adaptada para combater essas mutações da proteína spike.

"Estamos animados com esses novos dados, que reforçam nossa confiança de que a vacina da Moderna contra covid-19 deve ser protetora contra essas variantes recém-detectadas ”, disse Stéphane Bancel, diretor-executivo da Moderna.

“Com muita cautela e aproveitando a flexibilidade de nossa plataforma de RNAm [RNA mensageiro], estamos avançando na clínica em uma [vacina] candidata a reforço contra a variante identificada pela primeira vez na República da África do Sul para determinar se será mais eficaz aumentar os títulos contra esta e outras variantes potencialmente futuras.”

 

R7