• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

Há várias questões em torno do Alzheimer e da depressão, dois dos problemas de saúde mais comuns nos últimos tempos. No entanto, as pesquisas estão produzindo cada vez mais dados para melhorar as opções de tratamento e explorar novas possibilidades.

Tratar o herpes pode reduzir precocemente o risco de doenças como Alzheimer e depressão? De acordo com os resultados de um estudo recente, parece que sim. Agora, o que isso significa? Vamos ver com mais detalhes abaixo.

Muitas pessoas sofrem esporadicamente de infecções pelo vírus do herpes, especialmente na região dos lábios e membranas mucosas. Também é possível que a infecção ocorra devido a alterações no clima, exposição solar, contato com alguns alimentos irritantes, fadiga, estresse ou alterações hormonais (no caso das mulheres).

A importância de detectar e tratar doenças a tempo sempre foi destacada, mas agora, parece que tratar o herpes é ainda mais importante, uma vez que recentemente foram divulgados dados que despertaram, além de surpresa, um grande interesse.

Há evidências de que há uma certa ligação entre o vírus do herpes e o risco de depressão e Alzheimer. Tratar o herpes seria, portanto, crucial para a prevenção dessas doenças.

O vírus do herpes se instala e permanece
Os herpes humanos são uma ampla família de vírus altamente infecciosos. Uma vez que infectam as células, permanecem abrigados em estado letal e, dependendo de circunstâncias favoráveis (fadiga, estresse, fraqueza), provocam surtos de infecção.

Os surtos desses vírus geralmente causam infecções na pele e membranas mucosas (herpes labial e genital). No entanto, outros estudos indicaram que as células cerebrais também podem ser infectadas com esses vírus. Uma vez no sangue, esses microrganismos patogênicos podem chegar ao cérebro e se estabelecer em suas células, podendo ser reativados no futuro, conforme o organismo envelhece.

Alguns aspectos importantes
Devemos nos lembrar de que os vírus do herpes simples (tipo 1 e 2) muitas vezes causam recaídas ou infecções recorrentes e afetam a pele, boca, lábios, olhos e a região genital.
.O herpes labial costuma representar uma recorrência do HSV (herpes simplex virus). A doença se desenvolve com úlceras nos lábios e, com menos frequência, elas são identificadas na mucosa do palato duro.

O Manual MSD explica que as infecções mais graves e mais comuns são: encefalite, meningite, herpes neonatal e, em pacientes imunodeficientes, infecção generalizada.

Com isso em mente, podemos passar a responder a seguinte pergunta: os vírus do herpes seriam responsáveis pelos casos de Alzheimer?

Você pode se interessar: Herpes em crianças: confira 6 remédios naturais

O herpes e o Alzheimer estão relacionados?
Alguns artigos que têm pesquisado essa questão descobriram que o vírus do herpes gera inflamação (neuroinflamação) quando está no cérebro, um dos fatores de risco para o Alzheimer. O agrupamento desses vírus no cérebro poderia contribuir para a geração de placas senis, que são comuns no cérebro de pessoas com Alzheimer.

Para entender melhor a relevância dos vírus do herpes em doenças cerebrais, um estudo foi realizado na população de Taiwan. Ao fazê-lo, eles descobriram que os tratamentos com drogas antivirais (quando houve surtos de herpes) reduziram o risco de demência senil em até 50% no futuro. Além disso, a proteção contra o risco de demência foi maior quanto maior o período de tratamento (mais de 30 dias).

Isso abre as portas para novas pesquisas que poderiam revelar fatos muito interessantes que, por sua vez, melhorariam o tratamento do Alzheimer.

Descubra também: Tipos de demência que não são Alzheimer

O vírus do herpes e o humor
Pesquisas também sugerem que o vírus do herpes pode ter uma relação com a depressão, um dos transtornos do humor mais comuns.
Outro aspecto interessante que tem sido estudado é o efeito das infecções pelo vírus do herpes em doenças como depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Nesse sentido, análises post-mortem do sistema nervoso de pessoas que sofreram dessas doenças identificaram o vírus herpes com mais frequência do que no cérebro de pessoas que não tinham tido essas doenças.

Portanto, o tratamento com medicamentos antivirais é proposto como prevenção das doenças cerebrais. A definição das doses, do tipo de medicamento e do regime de tratamento ainda requerem mais pesquisas.

Tratar o herpes para prevenir o Alzheimer e a depressão?
Tratar o herpes pode nunca ter sido tão importante quanto agora. Isso nos leva a refletir sobre uma série de questões, incluindo o valor de seguir as instruções do médico e de agendar uma consulta em caso de desconforto ou preocupação.

 

melhorcomsaude

A Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca anunciaram, nesta segunda-feira (26), que a vacina que estão desenvolvendo contra a Covid-19 induziu "uma forte resposta imune" em idosos durante testes de fase 2 feitos no Reino Unido. Os resultados preliminares dos testes serão publicados "nas próximas semanas" em revista científica, segundo a Oxford.

A vacina de Oxford é uma das quatro que passam por testes de fase 3 no Brasil – a última etapa antes que possa ser liberada para uso geral.

No Reino Unido, ela foi testada em pessoas com idades de 56 a 69 anos e em um segundo grupo, com idosos com 70 anos ou mais. Os resultados preliminares dos testes foram discutidos pelo pesquisador Andrew Pollard, um dos coordenadores do estudo na universidade, em uma conferência.

Em julho, a universidade já havia divulgado resultados em voluntários mais novos, com idades de 18 a 55 anos de idade.

A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade dela de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários. Já a fase 1 é feita em dezenas de pessoas, e a 3, em milhares (veja detalhes mais abaixo nesta reportagem).

A AstraZeneca afirmou que o resultado é "encorajador".

"É encorajador ver que as respostas de imunogenicidade foram semelhantes entre adultos mais velhos e mais jovens e que a reatogenicidade [geração de efeitos adversos] foi menor em adultos mais velhos, nos quais a gravidade da Covid-19 é maior", disse um porta-voz do laboratório.

 

G1

A segunda onda da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que já atinge Europa e Estados Unidos, pode chegar no Nordeste nos próximos meses. É o que alerta o Comitê Científico do Consórcio Nordeste, presidido pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT). A entidade reforça que o risco é causado pelo relaxamento nos cuidados, campanhas eleitorais e vinda de turistas europeus para o verão nas praias nordestinas.


“Há um risco real de que nos próximos meses tenhamos um fluxo de portadores do Sars-CoV-2, até de cepas diferentes das que aqui prevalecem”, alerta Miguel Nicolelis, neurocientista e um dos coordenadores do comitê.


Para que a situação não volte a piorar, o comitê alerta que sejam implantados em todos os aeroportos da região estandes sanitários com equipes de saúde munidas de folhetos informativos, equipamentos de aferição de temperatura e kits de testagem rápida de passageiros provenientes do exterior.

O comitê ressalta ainda que turistas vindos de regiões com aumento de casos da Covid-19 e que não apresentarem atestados que comprovem a ausência de infecção devem ser colocados em quarentena de 14 dias.

 

“Já passamos por essa situação de ver os acontecimentos primeiro na Europa e depois se reproduzindo aqui. Temos uma oportunidade, desta vez, de não deixar isso se repetir”, reforça Nicolelis.

 

Com informações do Comitê Científico do Consórcio Nordeste

 

coronapegaAinda há muitas dúvidas acerca da resposta imune e da duração dessa proteção quando se trata do coronavírus. Casos de reinfecção e a vivência da segunda onda de contágio na Europa afastam a ideia de uma imunidade duradoura e coletiva. É provável que todos tenham contato com o vírus da covid-19 pelo menos uma vez na vida, afirma Ana Karolina Barreto Marinho, especialista em alergia e imunopatologia e coordenadora do Departamento Científico de Imunização da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

"Mas só alguns desenvolverão a doença. Há pessoas jovens que também pegaram [coronavírus] e desenvolveram sintomas mais graves, embora idosos e pessoas com comorbidades sejam do grupo de risco. Então, não dá para prever quem vai ter sintomas ou não", destaca.


Doença sazonal
De acordo com ela, a grande aposta de especialistas é que a covid-19 se torne uma doença sazonal como a gripe. Isso quer dizer que a doença será típica de uma determinada época e estação, no caso, o inverno.

"Por isso a importância de termos uma vacina e também tratamentos e remédios eficazes para aqueles que venham a adoecer", observa.
A especialista avalia que encontrar uma vacina segura e eficaz vai trazer a superação do cenário pandêmico, mas o vírus continuará presente nas comunidades.

"Possivelmente, vamos ter uma ou mais vacinas eficazes, com isso vai haver o controle da pandemia. E, além disso, a população vai adquirir uma imunidade natural, esses fatores vão contribuir para a menor circulação [do vírus]", analisa.

Conhecimento sobre o vírus exige tempo
A OMS (Organização Mundial da Saúde) já chegou a afirmar que entre 65% e 70% da população deve ser infectada com o coronavírus para que imunidade de rebanho seja alcançada, mas o mundo ainda está muito distante dessa taxa. Além disso, o órgão frisou que essa é apenas uma estimativa e mais estudos são necessários.

"Não sabemos qual a porcentagem da população precisaria entrar em contato com o coronavírus. Vão ser necessários anos de história para saber. Isso varia de acordo com cada infecção. No caso do sarampo taxas de 95% a 98% [de imunização] garantem que não haja circulação", exemplifica Ana Karolina.
A especialista acrescenta que, a princípio, parece que o coronavírus não tem alta taxa de mutação. Esse fator, por sua vez, contribuiria para a imunidade prolongada. "Mas vamos observar isso ao longo do tempo. A gente ainda está vivendo a pandemia. Não dá para saber a taxa de mutação e como ele vai se comportar", conclui.

 

R7

Foto: Sebastião Moreira/EFE