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Entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade do país mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. No período, a obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2% e se manteve acima da masculina, que subiu de 9,6% para 22,8%.

Já a proporção de pessoas com excesso de peso na população com 20 anos ou mais de idade subiu de 43,3% para 61,7% nos mesmos 17 anos. Entre os homens, foi de 43,3% para 60% e, entre as mulheres, de 43,2% para 63,3%.

Os dados constam do segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, e foram divulgados hoje (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2019, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais de idade no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Eram 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens.

Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.

O excesso de peso também ocorria em 19,4% dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade, o que corresponde a um total estimado em 1,8 milhão de pessoas, sendo 22,9% de moças e 16% dos rapazes. A obesidade atingia 6,7% dos adolescentes: 8% no sexo feminino e 5,4 % no sexo masculino.

Para a responsável pela pesquisa, a analista Flávia Vinhaes, as causas para o excesso de peso e a obesidade são a baixa qualidade da alimentação do brasileiro e a escassez de atividades físicas. “Faltam políticas públicas estruturadas de combate à obesidade e ao excesso de peso, como o incentivo à ingestão de alimentos saudáveis e à prática esportiva”, indica.

É considerado como excesso de peso o índice de massa corporal (IMC) maior do que 25. A pessoa obesa tem IMC maior do que 30. O IMC é calculado pelo peso em quilograma dividido pelo quadrado da altura em metro.

Segundo o IBGE, a prevalência de déficit de peso em adultos com 18 ou mais anos de idade foi de 1,6%, (1,7% para homens e 1,5% para mulheres), ficando, portanto, bem abaixo do limite de 5% fixado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como indicativo de exposição da população adulta à desnutrição.

Atenção Primária à Saúde

Em 2019, pela primeira vez a Pesquisa Nacional de Saúde coletou informações sobre a Atenção Primária à Saúde (APS). O questionário foi aplicado aos moradores com 18 anos ou mais de idade que tiveram pelo menos dois atendimentos com o mesmo médico em unidades básicas de saúde ou unidades de saúde da família. A meta era avaliar o cuidado médico prestado nessas unidades.

No ano passado, 17,3 milhões de pessoas de 18 anos ou mais de idade utilizaram algum serviço da Atenção Primária à Saúde, nos seis meses anteriores à data da entrevista, em mais de um atendimento médico.

As respostas dos questionários receberam valores que foram usados para se calcular o escore geral da APS, que varia de 0 a 10. Segundo o IBGE, um escore igual ou superior a 6,6 aponta excelente qualidade de atenção primária à saúde. O escore geral da Atenção Primária à Saúde obtido na pesquisa no Brasil foi de 5,9.

Para o IBGE, um resultado abaixo de 6,6 significa baixa classificação e revela serviços com baixa presença de atributos da APS, como a facilidade para utilizar os serviços de saúde; a regularidade do serviço de saúde e a relação humanizada entre equipe de saúde e pacientes; a capacidade de garantir a continuidade da atenção ao paciente; a orientação familiar e comunitária.

“Como é a primeira vez que o IBGE faz esse tipo de avaliação, a gente ainda não tem uma forma de avaliar se houve evolução ou não nessa pontuação. A gente, agora, está trabalhando numa linha de base que é esse 5,9”, disse a responsável pela pesquisa.

Pontuação

Ao todo, 69,9% das pessoas de 18 anos ou mais de idade que utilizaram algum serviço da Atenção Primária à Saúde, nos últimos seis meses anteriores à data da entrevista, eram mulheres; 60,9% das pessoas eram pretas ou pardas; 65% tinham cônjuges; e 35,8%, 40 a 59 anos de idade.

Os homens pontuaram a APS com 5,9 e as mulheres, com 5,8. Entre os mais jovens (18 a 39 anos) o escore ficou em 5,6 e, entre os mais velhos (60 anos ou mais de idade), 6,1.

No país, 53,8% dos usuários de APS não tinham uma ocupação, sendo que 64,7% tinham renda domiciliar per capita inferior a um salário mínimo e 32,3%, e se inseriam na faixa de 1 a 3 salários mínimos. As pessoas não ocupadas pontuaram 5,9 e as ocupadas, 5,8.

Das pessoas de 18 anos ou mais de idade que se consultaram com o mesmo médico pelo menos duas vezes, em unidades básicas de saúde, nos seis meses anteriores à entrevista, 94,4% não tinham plano de saúde. Sua avaliação dos atributos da APS teve nota 5,9.

Os moradores cujos domicílios eram cadastrados na unidade de saúde atribuíram um escore geral de 6. Já os moradores de lares não cadastrados avaliaram a APS com escore geral de 5,5. Entre aqueles que receberam pelo menos uma visita de algum agente comunitário ou membro da equipe de saúde, o escore foi 6,1, e para os que nunca receberam qualquer visita destes profissionais, o escore foi de 5,7.

No Brasil, o motivo mais frequente da procura por atendimento médico foi doença ou outro problema de saúde ou continuação de tratamento (52,5%), vindo, a seguir, exames periódicos (40,2%).

 

Agência Brasil

chinavacinMenos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tem a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, vacina candidata contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech testada no Brasil pelo Instituto Butantan, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou nesta quarta-feira que o imunizante contra o novo coronavírus "não será comprado" pelo governo brasileiro. A informação foi publicada em rede social.

"A vacina chinesa de João Dória: para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA. O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM", disse, acrescentando:

"Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina".

Segundo aliados, o presidente também enviou mensagens afirmando que não iria comprar "uma só dose de vacina da China" e que se governo "não mantém qualquer diálogo com João Doria na questão do Covid-19".

Mais cedo, Bolsonaro respondeu a um usuário que criticava o acordo entre o governo brasileiro e a empresa chinesa, afirmando que a vacina "não sera comprada".

"Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa", comentou o usuário, ao que o presidente respondeu:

"NÃO SERÁ COMPRADA", em caixa alta.

A mensagem foi enviada a ao menos outros dois usuários que criticavam o acordo e Pazuello. Em duas das respostas, o presidente disse ainda que "tudo será esclarecido hoje".

A outro usuário que acusou Pazuello de trair o governo ao comprar a vacina chinesa e disse que o presidente "se enganou mais uma vez", Bolsonaro afirmou que "qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira TRAIÇÃO".

Protocolo de intenções

O acordo criticado por apoiadores foi fechado durante reunião do ministro da Saúde com governadores. Durante o anúncio, Pazuello afirmou que a "vacina do Butantan será vacina do Brasil". A compra só será realizada após o imunizante receber um registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Doria passa a quarta-feira em Brasília em reuniões, uma delas justamente com a Anvisa.

A vacina desenvolvida pelo laboratório chinês sofre críticas de apoiadores do governo que a relacionam ao regime comunista. Além disso, o imunizante é produzido no Brasil em parceria com São Paulo, do governador João Doria (PSDB), ex-aliado de Bolsonaro e vocal crítico da gestão da crise provocada pela pandemia pelo presidente.

Doria e Bolsonaro também divergem sobre a obrigatoriedade da vacina. Na sexta-feira passada, o governador de São Paulo anunciou que o imunizante será obrigatório no estado, com exceção das pessoas que apresentarem alguma contraindicação médica.

 

G1

Foto: Adriana Machado/Reuters

sinovacUma vez aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a vacina contra a covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech, a CoronaVac, será utilizada pelo governo federal no SUS, por meio do Programa Nacional de Imunizações.

A decisão foi anunciada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em uma reunião com os 27 governadores na tarde desta terça-feira (20).
Ao todo, serão 46 milhões de doses da CoronaVac no SUS, no valor de R$ 1,9 bilhão — uma medida provisória para liberar os recursos será editada em breve.

Os testes da vacina chinesa são conduzidos no Brasil desde julho pelo Instituto Butantan, que também poderá produzir o imunizante já no ano que vem.

A incorporação pelo SUS sempre foi um desejo do governador de São Paulo, João Doria, que fechou o acordo com a farmacêutica chinesa e foi a Brasília hoje para a reunião com Pazuello.

No acordo com o Butantan, o Ministério da Saúde solicitou todos os documentos relativos aos estudos da CoronaVac.

O governo federal, por meio da Fiocruz, fechou um acordo em agosto com a farmacêutica AstraZeneca para a produção da vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.

Fiocruz deve começar a produção própria da AstraZeneca e disponibilizar ao país até 165 milhões de doses durante o segundo semestre de 2021

No entanto, as primeiras doses devem ser disponibilizadas em fevereiro. A CoronaVac já deve ter os primeiros lotes para iniciar uma vacinação entre o fim de dezembro e o começo de janeiro de 2021.

 

R7

Foto: Wu Hong/EFE/EPA

reinfecçaovacinaTestes de desafio humano de possíveis vacinas contra covid-19, nos quais os voluntários são infectados deliberadamente com o vírus, podem se tornar uma realidade agora que uma empresa de biotecnologia britânica disse estar em negociações avançadas com o governo para criar e fornecer linhagens do vírus.

O trabalho preliminar dos testes, que almejam acelerar o processo que determina a eficiência de uma candidata a vacina, está sendo realizado pela hVIVO, uma unidade do grupo de serviços farmacêuticos Open Orphan, disse a empresa.


"Estamos conversando com várias partes, incluindo o governo do Reino Unido, a respeito de um teste de desafio de covid-19, e assim que um destes contratos for assinado, faremos um anúncio", disse o presidente-executivo da Open Orphan, Cathal Friel.


Um acordo envolveria criar um modelo de estudo de desafio humano que pudesse ser usado caso tais testes obtenham aprovação ética e de segurança de agências reguladoras.

O Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do governo britânico não estava disponível de imediato para comentar.

Apoiadores de testes de desafio humano dizem que eles são uma boa maneira de encurtar o processo muitas vezes demorado de testes de vacinas em potencial em dezenas de milhares de voluntários no mundo real que levam vidas normais e são monitorados para se saber se contraíram a doença ou estão protegidos dela.

Como funciona
Nestes testes de controle rígido, os voluntários recebem uma vacina e, cerca de um mês depois, são contaminados propositalmente com a doença em condições controladas.

Depois, eles são isolados em uma instalação de quarentena e monitorados para se descobrir se adoecem ou se a vacina os imunizou.

Já os críticos dizem que infectar deliberadamente uma pessoa com uma doença possivelmente fatal para a qual ainda não existe tratamento eficaz é antiético.

No mês passado, as desenvolvedoras de vacina de ponta AstraZeneca, Sanofi, BioNTech, Moderna e Inovio disseram que suas respectivas candidatas a vacina não estão envolvidas no programa.

 

Reuters

Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters