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A presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Nísia Trindade, disse nesta quinta-feira (8) que prevê a produção de até 265 milhões de doses da vacina desenvolvida em parceria com a universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca contra a covid-19 no ano que vem.

O número citado por Nísia leva em conta a previsão de finalização das 30 milhões de doses iniciais da vacina já em janeiro de 2021. "O acordo prevê a distribuição de 100 milhões de doses no primeiro semestre e a produção totalmente nacional a partir do segundo semestre de 2021", destacou a presidente da Fiocruz.

“É um trabalho incansável que a nossa equipe está realizando, com a possibilidade de 100 a 165 milhões de dose para o segundo semestre, dependendo da complexidade do processo de incorporação da tecnologia”, afirmou. Ela revela custo de cada dose do imunizante é de US$ 3,16.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse que as parcerias firmadas pelo governo federal já garantem 140 milhões de doses de vacina contra a covid-19. “Já temos garantido, para o primeiro semestre de 2021, o acesso para 140 milhões de doses de vacina para aderir ao nosso programa nacional de imunização", disse Franco, que vê uma movimentação favorável para o início da vacinação no primeiro trimestre do ano que vem.

Além do acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de 100,4 milhões de doses do imunizante, o número leva em conta e da inserção do Brasil na da aliança Covax Facility, iniciativa que visa impulsionar o desenvolvimento de vacinas para combater a covid-19.

Segundo o secretário, a contratação das doses da Covax tem o objetivo de atender pelo menos mínimo de 10% da população brasileira. Do total, 4,441 milhões de doses serão destinadas a maiores de 80 anos, 10,766 milhões a pessoas com morbidade e 5,034 milhões a profissionais da saúde.

O secretário de vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, admite que "toda vacina tem um risco", mas garante que ele "não pode ser maior do que o benefício". "Precisamos de uma resposta rápida, sem abrir mão de critérios técnicos de segurança, qualidade e eficácia", afirmou.

Medeiros, no entanto, não descarta a "flexibilização dos critérios" e permitir a disponibilização de vacinas com eficácia menor do que 70% devido à gravidade da situação. "Flexibilizar não quer dizer abrir mão dos critérios de segurança. "Qualquer uma das tecnologias escolhidas para ser trazida precisará ter seus dados avaliados pela agência reguladora", garantiu o secretário de vigilância em saúde.

R7

 

anticorpossOs anticorpos contra o novo coronavírus gerados por pessoas infectadas continuam presentes no sangue e na saliva destes indivíduos por pelo menos três meses após a manifestação dos primeiros sintomas da doença, segundo dois estudos publicados na quinta-feira (8) pela revista Science.

As pesquisas, que buscam respostas para uma das perguntas mais comuns sobre a Covid-19, se somam a outras já existentes sobre a imunidade ao vírus em pessoas curadas, e algumas delas apontam que os anticorpos podem continuar protegendo os organismos por até seis meses.


Ambos os estudos publicados na quinta-feira (8) concluíram que as imunoglobulinas G (IgG) são os anticorpos de maior duração e que podem ser detectados no sangue e na saliva dos pacientes por pelo menos três meses, o que faz com que sejam índices "promissores" para a detecção e avaliação das respostas imunológicas à Covid-19.

Além disso, o fato de que os níveis desses anticorpos sejam semelhantes tanto no sangue como na saliva, sugere que esta última poderia passar a ser utilizada como alternativa para a realização de testes de IgG.Um dos estudos, conduzido pela imunologista Anita Iyer, da Universidade de Boston (EUA), analisou 343 pacientes americanos com Covid-19 - 93% dos quais tiveram que ser internados pela doença -, durante um máximo de 122 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas, e comparou seus níveis de anticorpos com os encontrados em amostras de sangue de 1.548 pessoas coletadas antes da pandemia.

Os resultados obtidos apontaram que as imunoglobulinas M (IgM) e A (IgA) permaneciam ativas por um curto período, se equiparando a níveis de concentração insignificantes 49 e 71 dias, respectivamente, após os primeiros sintomas.

Por outro lado, o número de imunoglobulinas G contra a proteína Spike do coronavírus - recurso que o vírus usa para invadir as células humanas - "apresentou uma queda lenta durante um período de 90 dias", e apenas três dos voluntários que participaram do estudo zeraram os níveis de IgG dentro deste prazo.

A outra pesquisa, liderada pela imunologista Baweleta Isho, da Universidade de Toronto, que analisou amostras de sangue de 739 pessoas e a saliva de 247, entre infectadas e saudáveis, e constatou que os níveis de IgG permaneciam "relativamente estáveis" durante um período de 115 dias após a aparição dos primeiros sintomas, apesar de apresentarem uma "queda brusca nos últimos 10 dias deste intervalo de tempo", o que "reflete" as reduções de IgA e IgM.

Os dados mostraram ainda que picos de IgG se produziam entre o 16º e o 30º dia, tanto no sangue como na saliva dos pacientes contaminados.

De acordo com Jennifer Gommerman, coautora deste artigo científico e professora da Universidade de Toronto, o estudo conduzido no Canadá mostra que "os anticorpos IgG contra a proteína Spike do vírus são relativamente duradouros tanto no sangue como na saliva".

Este é o primeiro estudo que, segundo Gommerman, comprova que os anticorpos podem ser encontrados na saliva em níveis que correspondem diretamente aos detectados no sangue, o que poderia facilitar a coleta de amostras para a realização de testes de IgG, feitos atualmente apenas com o plasma sanguíneo.

 

EFE

Foto: reprodução Pixabay

Mais da metade das pessoas - 51% - consultadas em uma pesquisa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) indicou que a pandemia da Covid-19 teve um impacto negativo na sua saúde mental, informou nesta quinta-feira (8) a organização.

O estudo, elaborado antes da celebração, no próximo sábado (10), do Dia Mundial da Saúde Mental, aponta que o surto do novo coronavírus "agravou doenças mentais existentes, gerou novas doenças e limitou ainda mais o acesso aos serviços de saúde mental".
Em resposta a esta situação, "é necessário um financiamento urgente e maior para a saúde mental e o apoio psicossocial nas respostas humanitárias", disse a organização, em um comunicado.

O estudo, realizado em sete países (Colômbia, Líbano, Filipinas, África do Sul, Suíça, Ucrânia e Reino Unido) também indica que três em cada quatro pessoas consideram ser necessário dar apoio especial à saúde mental aos trabalhadores da linha de frente da pandemia, tais como profissionais da saúde.

 

"Estão frequentemente expostos diretamente ao vírus, trabalham longas horas e inevitavelmente testemunham eventos traumáticos", e ainda "são estigmatizados por fornecer apoio às comunidades afetadas por desastres", disse o CICV.

"Hoje, mais do que nunca, devemos investir na saúde mental e no apoio psicossocial, tanto às comunidades quanto aos responsáveis por seus cuidados, para ajudá-los a enfrentar sua situação, reconstruir suas vidas e superar esta crise", frisou o secretário-geral do CICV, Jagan Chapagain.

 

EFE

alimentosA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (7) a nova norma sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados. A medida melhora a clareza e a legibilidade das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos e visa auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares mais conscientes. 


“O objetivo dessa norma não é impor nenhuma escolha. É possibilitar a compreensão, respeitando a liberdade de escolha de todas as pessoas que vivem no nosso território”, ressalta a diretora relatora Alessandra Bastos, da Diretoria Colegiada da Anvisa.


“Com a nova regra, os consumidores terão mais facilidade para comparar os alimentos e decidir o que consumir. Além disso, pretende-se reduzir situações que geram engano quanto à composição nutricional”, destaca Thalita Lima, gerente geral de Alimentos da Agência.   

A norma estabelece mudanças na tabela de informação nutricional e nas alegações nutricionais, e adota a rotulagem nutricional frontal.

 

Veja as mudanças nos rótulos dos alimentos
Rotulagem nutricional frontal 

É um símbolo informativo na parte da frente do produto. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde.  

Para tal, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. O símbolo deverá ser aplicado na frente do produto, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo nosso olhar.
Tabela de informação nutricional

 Já conhecida pelos consumidores brasileiros, a tabela nutricional passará por mudanças, como letras pretas e fundo branco. O objetivo é afastar a possibilidade de uso de contrates que atrapalhem na legibilidade das informações.   

Passará a ser obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais, a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos, e o número de porções por embalagem.  

Além disso, a tabela deverá ficar, em regra, próxima da lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceitas quebras. Ela não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização. A exceção fica para os produtos pequenos (área de rotulagem inferior a 100 cm²), em que a tabela poderá ser apresentada em áreas encobertas, desde que acessíveis.    

Alegações 

Foram propostas ainda alterações nas regras atuais para a declaração das alegações nutricionais, com o objetivo de evitar contradições com a rotulagem nutricional frontal.    

Prazos   

É importante esclarecer que a nova regra será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União (D.O.U.), por meio de uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) e de uma Instrução Normativa (IN). A norma entrará em vigor 24 meses após a sua publicação.

Os produtos que se encontrarem no mercado na data da entrada da norma em vigor terão, ainda, um prazo de adequação de 12 meses.

No entanto, os produtos que forem destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação deverão estar adequados já a partir da entrada em vigor do regulamento, de forma a garantir que os fabricantes tenham acesso às informações nutricionais das matérias-primas e ingredientes alimentares utilizados em seus produtos.

Os alimentos fabricados por empresas de pequeno porte, como agricultores familiares e microempreendedores, também possuem um prazo de adequação, mas de 24 meses após a entrada em vigor, totalizando 48 meses no total. Para as bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, a adequação não pode exceder 36 meses após a entrada em vigor da resolução.

Ressalta-se que os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade.

Como os regulamentos se aplicam a praticamente todos os alimentos embalados, os prazos acima são necessários e adequados para as empresas de alimentos realizarem os ajustes em seus produtos, bem como para o setor público organizar ações orientativas e educativas, além de estruturar a fiscalização.  

R7

Foto: Pilar Olivares/Reuters