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Ministério da Saúde recebeu, na manhã desta quinta-feira (25), devolutiva da fabricante coreana Seegene atestando a extensão, por período adicional de 4 meses, da validade dos testes dos cerca de 7 milhões de kits estocados no Centro de Distribuição da pasta, em Guarulhos.

A informação foi dada pelo secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, que participou de audiência pública junto com o diretor do Departamento de Logística, Roberto Ferreira Dias, para prestar esclarecimentos a parlamentares sobre testes RT-PCR cujos prazos de validade cartorial datam entre dezembro deste ano e março de 2021.

O relatório da empresa fornecedora deverá ser encaminhado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para avaliação técnica sobre a aplicação do prazo estendido aos insumos em caráter de urgência.

Medeiros frisou, na audiência pública, que o Ministério da Saúde acompanha com atenção e cuidados todos os prazos de insumos adquiridos para combate à pandemia.

Segundo linha do tempo levada por ele aos deputados, o estudo de estabilidade das amostras para extensão da validade cujo resultado foi enviado hoje à pasta foi solicitado ainda em 3 de novembro, após alerta de que algumas amostras poderiam perder os prazos.

O procedimento é padrão para produtos médicos e hospitalares e visa garantir a segurança e a qualidade dos insumos para além da data estipulada pela fabricante, sem prejuízo de eficácia.

Conforme os dados, dos 7.077.900 testes armazenados que estão para vencer, cerca de 2,8 milhões possuem prazo para dezembro deste ano. Os outros dividem-se entre janeiro, fevereiro e março do ano que vem.

Na apresentação, o secretário também informou que, embora as datas de validade estampadas nas embalagens dos produtos acusem a proximidade do vencimento, os componentes dos kits apresentam datas diferentes de validade, que variam de outubro de 2021 a 2023. “O teste não é feito pela caixa. E sim pelos componentes”, frisou o secretário, ao expor a divergência de prazos aos presentes.

Aos deputados da comissão que acompanha o enfrentamento à pandemia na Câmara dos Deputados, o chefe da SVS expôs detalhes da estratégia de testagem da população - o Diagnosticar para Cuidar, lançado em junho passado - e abriu os números das aquisições de kits de amostras.

Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 23.546.576 testes moleculares para detecção da covid-19, dos quais 15.895.160 foram entregues.

Os mais de 7,6 milhões excedentes, resultantes de uma compra junto à Fiocruz/ Biomanguinhos, não foram produzidos até o momento porque, segundo o secretário, houve uma avaliação, em junho, época da entrega, de que a estratégia de testagem em andamento não absorveria, naquele momento, o quantitativo total. Essa parcela de kits segue à disposição do Ministério para distribuição em momento oportuno, conforme a demanda dos estados e municípios.

Diagnosticar para cuidar
Em junho passado, o Ministério da Saúde lançou o programa Diagnosticar para Cuidar, de ampliação das testagens entre a população e mobilização pelo diagnóstico precoce. A estratégia de vigilância laboratorial se divide em dois braços, sendo que os testes RT-PCR compõem uma delas e os testes sorológicos a outra.

Desde sua implementação, o programa expandiu a testagem para unidades sentinelas, Centros de Atendimento à covid-19 e demais serviços de saúde, a fim de ampliar o acesso do cidadão aos testes mesmos nos primeiros sintomas de síndrome gripal.

As amostras são processadas com apoio dos Lacens (Laboratório Central de Saúde Pública)nos estados e das quatro plataformas de alta testagem, além de 14 miniplataformas espalhadas pelo Brasil que permitiram acelerar a análise dos resultados.

 

R7

astrazenecaA AstraZeneca, farmacêutica que desenvolve a vacina de Oxford contra a covid-19 junto à Universidade de Oxford, admitiu que a eficácia obtida de 90% do imunizante com a adminstração de meia dose seguida de uma dose completa um mês depois ocorreu após um erro. A informação foi publicada nesta quinta-feira (26) pelo jornal norte-americano The New York Times.

"O erro na dosagem foi cometido por uma empresa contratada. Uma vez descoberto, os reguladores foram imediatamente notificados e assinaram o plano de continuar testando a vacina em diferentes doses", afirmou o executivo da AstraZeneca Menelas Pangalo em entrevista na quarta-feira (25) citada pelo jornal.


A AstraZeneca foi uma das fabricantes de candidata à vacina contra a covid-19 a anunciarem resultados preliminares positivos neste mês, além da Pfizer, Moderna, CoronaVac e Sputinik V. De acordo com as doses administradas, a vacina de Oxford apresentaria eficácia de 62% a 90%, sendo a média de 70%.

A administração do imunizante que não estava prevista e apresentou resultado mais eficaz, de 90%, estava relacionada a participantes que receberam meia dose da vacina na primeira dose e uma dose completa um mês depois. Já aqueles que receberam duas doses completas, da primeira e segunda vez, tiveram resposta imune menos eficaz, de 62%.

Cerca de 2.800 pessoas teriam recebido a dosagem menor, segundo o New York Times, sendo que 8.900 participantes receberam duas doses completas. Os voluntários são do Reino Unido.

Os participantes que foram beneficiados com o erro tinham menos de 55 anos, ainda de acordo com o jornal, que ressaltou que o principal grupo de risco, que são os idosos, não passaram, portanto, pelo teste que resultou em melhor resultado.

O executivo da AstraZeneca afirmou à Reuters na segunda-feira (23) que a empresa não pretendia que nenhum participante recebesse meia dose e que ela ocorreu por um erro de cálculo, o que permitiu que os pesquisadores encontrassem uma adminstração do imunizante mais promissora.
A vacina de Oxford também passa por testes no Brasil com coordenação da Unifesp (Universidade de São Paulo), sendo uma das candidatas a serem distribuídas no país.

Representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) têm previsão de visitar a fábrica da vacina da Oxford na China de 7 a 10 de dezembro. Eles já estão no país. A inspeção faz parte do protocolo para registro da vacina no Brasil.

Já existe um acordo entre a Universidade de Oxford e o governo brasileiro para a compra do imunizante e transferência da tecnologia, caso a vacina seja aprovada nos testes. No Brasil, será produzida pela Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro.

Os testes começaram no Brasil em 20 de junho e englobam 10 mil pessoas. Os testes globais chegaram a ser suspensos em setembro depois que uma voluntária no Reino Unido apresentou reação adversa grave, mielite transversa, uma manifestação neurológica que afeta os nervos periféricos da coluna. Mas os testes foram retomados dias depois.

 

R7

Foto: Divulgação/Oxford University

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Oxford aponta que, em comparação com as pessoas que têm uma dieta com alimentos derivados de animais, os vegetarianos, veganos e pessoas que só comem carne de peixe - com menor ingestão de cálcio e proteína - apresentam um risco maior de sofrer fraturas em qualquer parte do corpo.

O levantamento acompanhou cerca de 55 mil pessoas que vivem no Reino Unido durante os anos de 1993 e 2016. O estudo foi publicado na revista de acesso aberto BMC Medicine.

Dos 54.898 participantes incluídos no estudo:

29.380 tinham carne incluída na dieta
8.037 comiam somente peixe
15.499 eram vegetarianos
1.982 eram veganos
Os hábitos alimentares foram avaliados inicialmente no recrutamento [em 1993] e novamente em 2010. Os participantes foram acompanhados continuamente por cerca de 18 anos.


O grupo de veganos foi o que apresentou o maior risco de fraturas totais, resultando em 20 casos a mais a cada mil pessoas em um período de 10 anos. As fraturas de quadril, por exemplo, em veganos eram até 2 vezes mais frequentes do que em pessoas que comem carne.

Segundo os pesquisadores, estudos anteriores já mostravam como o baixo nível do índice de Massa Corporal (IMC) está diretamente associado a um aumento no risco de fraturas no quadril. Já a baixa ingestão de cálcio e proteína está ligada a uma piora na saúde óssea. Com isso, foi possível comprovar que os veganos, que em média tinham IMC mais baixo além de menor ingestão de cálcio e proteína do que os carnívoros, apresentavam maior risco de fraturas em vários locais.

Os autores reforçam que dietas bem balanceadas e predominantemente à base de plantas podem resultar em melhores níveis de nutrientes e têm sido associadas a menores riscos de doenças cardíacas e diabetes. Porém, é importante levar em consideração os benefícios e riscos e buscar garantir os níveis adequados de cálcio e proteína para manter um IMC saudável.


Para adultos, um IMC entre 20 e 22 indica a quantidade ideal, saudável de gordura corporal.

Fraturas
Durante o estudo, os voluntários relataram 3.941 fraturas no total. Entre elas havia 566 no braço, 889 no punho, 945 no quadril, 366 na perna, 520 no tornozelo e 467 fraturas em outros locais, como clavícula, costelas e vértebras.

Os veganos com menor ingestão de cálcio e proteína, em média, tiveram um risco 43% maior de fraturas em qualquer parte do corpo (fraturas totais), bem como maiores riscos de fraturas específicas dos quadris, pernas e vértebras.


Vegetarianos e pessoas que se alimentavam somente de peixe, tiveram um risco maior de fraturas de quadril em comparação com pessoas que se tinham carne na dieta.


Os pesquisadores descobriram que as diferenças no risco de fraturas totais e específicas do local foram parcialmente reduzidas uma vez que o IMC, o cálcio dietético e a ingestão de proteína foram reajustados.

Por que isso acontece?
Segundo Cecília Richard, presidente do comitê de doenças osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatogia, a ingestão insuficiente de cálcio é um dos principais problemas que causam uma deficiência na estrutura óssea.

"O principal mineral do osso é o cálcio, independente da origem dessa substância ela precisa ser consumida o suficiente para oferecer proteção. Cientificamente, as fontes de cálcio de origem vegetal não possuem a mesma quantidade de cálcio que a de origem animal. Por isso, veganos ou vegetarianos precisam fazer uma ingestão muito maior do mineral", afirma Richard .


Nessa situação, a especialista reforça a importância de um acompanhamento médico com uma nutricionista durante a alteração na dieta, que será responsável para prescrever a quantidade ideal de nutrientes e minerais para que o indivíduo não tenha nenhuma escassez de alguma substância.

Consequências da idade
Conforme envelhecemos, a nossa estrutura óssea fica mais fraca, ou seja, uma pessoa que não ingeriu cálcio na quantidade indicada pode estar mais propensa a sofrer com doenças como a osteoporose, uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.

A osteoporose é uma doença que acomete mais mulheres depois da menopausa, mas os homens também sofrem com a condição. Por isso, a prevenção é importante.

"Isso é progressivo, conforme ficamos mais velhos nossa estrutura óssea vai ficando mais desgastada. Aqui vemos a importância da suplementação e uma dieta equilibrada, principalmente para mulheres. Em torno dos 45 anos, a mulher passa a apresentar uma baixa proteção da estrutura óssea, algo considerado normal pela baixa produção hormonal. No entanto, muitas vezes essa mulher nunca teve a massa estrutural óssea ideal", completa Richard.

 

G1

mutaçoesO coronavírus está sofrendo mutação à medida que se espalha pelo mundo na pandemia, mas nenhuma das mutações atualmente documentadas parece torná-lo capaz de se proliferar mais rápido, disseram cientistas nesta quarta-feira (25).

Em um estudo a partir de dados globais de genomas de vírus realizado com 46.723 pessoas com covid-19 em 99 países, os pesquisadores identificaram mais de 12.700 mutações, ou alterações, no vírus SARS-CoV-2.


"Felizmente, descobrimos que nenhuma dessas mutações está fazendo a covid-19 se espalhar mais rapidamente", disse Lucy van Dorp, professora do Instituto de Genética da University College de Londres e uma das co-líderes do estudo.

Ela acrescentou, no entanto, que "precisamos permanecer vigilantes e continuar monitorando novas mutações, particularmente à medida que as vacinas são lançadas".

Sabe-se que os vírus sofrem mutações o tempo todo e alguns -como os da gripe - mudam com mais frequência do que outros.

A maioria das mutações é neutra, mas algumas podem ser vantajosas ou prejudiciais aos vírus e algumas podem reduzir a eficácia das vacinas contra eles. Quando os vírus mudam assim, as vacinas devem ser adaptadas regularmente para garantir que estão atingindo o alvo certo.

Com o vírus SARS-CoV-2, as primeiras imunizações a mostrarem eficácia poderiam obter aprovação regulatória e começar a ser usadas para antes do final deste ano.

Entre mais de 12.706 mutações identificadas, cerca de 398 parecem ter ocorrido repetidamente e de forma independente, disseram os pesquisadores no estudo publicado nesta quarta-feira no periódico acadêmico Nature Communications.

Dentre as 398 mutações, os cientistas se concentraram em 185, que eles descobriram ocorrer pelo menos três vezes de forma independente durante o curso da pandemia.

Os pesquisadores não encontraram evidências de que alguma das mutações comuns esteja aumentando a transmissibilidade do vírus. Em vez disso, eles disseram que as mutações mais comuns são neutras para o vírus.

 

Reuters

Foto: reprodução Pixabay