O chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (7) que o mundo precisará estar melhor preparado para a próxima pandemia, ao pedir que países invistam em saúde pública.
Mais de 27,19 milhões de pessoas já foram infectadas com o coronavírus pelo mundo e 888.236 morreram, segundo uma contagem da Reuters, desde que os primeiros casos foram identificados na China em dezembro de 2019.
"Essa não será a última pandemia", disse Tedros em uma coletiva de imprensa em Genebra. "A história nos ensina que surtos e pandemias são um fato da vida. Mas quando a próxima pandemia vier, o mundo precisa estar pronto - mais pronto do que estava desta vez".
Cientistas da USP e da Unicamp estão desenvolvendo uma vacina por spray nasal contra a covid-19. A vacina traz diversas vantagens em relação ao método injetável, incluindo a atuação direta na mucosa nasal, que é uma das principais portas de entrada do novo coronavírus no organismo humano.
Dessa forma, a perspectiva é que aconteça a eliminação do vírus já no canal de entrada. A vacina está em fase de testes pré-clínicos, em camundongos, e segue para a etapa de escalonamento da produção, realizada na Unicamp. O escalonamento da produção, conforme a professora Laura de Oliveira Nascimento, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp, que encabeça esse processo, é o momento em que se busca testar se a vacina, desenvolvida em escala laboratorial, pode ser produzida em maior escala, processo que é essencial para uma vacina que se pretende lançar comercialmente. “Existem hoje diversas formulações de vacinas eficazes publicadas e em escala laboratorial. Mas nós sabemos que o escalonamento nem sempre é viável e por esse motivo diversas vacinas não são comercializadas, por não serem escalonáveis”, elucida.
A concepção da vacina da USP e da Unicamp, diz Laura, desde o princípio, incorporou a preocupação com uma formulação que possa ser aplicável para a população. Para a pesquisadora, a experiência do líder da equipe, o professor da USP Marco Antonio Stephano, foi fundamental na concepção de produção industrial. “Desde o começo, ele e a equipe estão produzindo uma formulação que possa ser produzida de maneira rápida e em larga escala”, observa.
O desafio nessa fase do escalonamento, segundo a professora, é manter as características físico-químicas da vacina, que utiliza uma formulação baseada em polímeros nanoestruturados, ou seja, que têm uma faixa de tamanho específica em escala nanométrica. “Para que isso continue tanto em 10 ml, que é quando fazemos uma escala laboratorial para testar em camundongos, quanto em 10 litros, para que se possa manter as características físico-químicas dessa vacina é preciso estudar o escalonamento. E é isso que o time da Unicamp vai ajudar: fazer com que essa vacina possa ser produzida em maior quantidade, mantendo a qualidade que o professor Marco desenvolveu em escala laboratorial”, explica.
Tecnologias aplicadas e etapas de produção da vacina
O imunologista e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Marco Antonio Stephano, coordena a equipe responsável pela formulação da vacina e pontua os passos no desenvolvimento da vacina. A primeira etapa foi a produção do antígeno, que nesse caso é uma molécula proteica que estimula o sistema imune a combater o vírus. Após, acontece o escalonamento da produção dessa substância, para que seja possível desenvolver a vacina.
Para aumentar a entrega de antígenos da fórmula na mucosa, os pesquisadores utilizam a nanotecnologia. “Com a nanotecnologia nós conseguimos aumentar a concentração de antígenos associados as partículas carreadoras, pois quando você diminui o diâmetro de uma circunferência, você aumenta a proporção da área superficial em relação ao volume dessa partícula e o número de partículas com a mesma quantidade de polímero. Então você acaba aumentando a área superficial total que o antígeno pode se associar e ser exposto ao organismo”, afirma Marco Antonio.
O escalonamento da produção, conforme a professora Laura de Oliveira Nascimento, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp, que encabeça esse processo, é o momento em que se busca testar se a vacina, desenvolvida em escala laboratorial, pode ser produzida em maior escala, processo que é essencial para uma vacina que se pretende lançar comercialmente. “Existem hoje diversas formulações de vacinas eficazes publicadas e em escala laboratorial. Mas nós sabemos que o escalonamento nem sempre é viável e por esse motivo diversas vacinas não são comercializadas, por não serem escalonáveis”, elucida.
A concepção da vacina da USP e da Unicamp, diz Laura, desde o princípio, incorporou a preocupação com uma formulação que possa ser aplicável para a população. Para a pesquisadora, a experiência do líder da equipe, o professor da USP Marco Antonio Stephano, foi fundamental na concepção de produção industrial. “Desde o começo, ele e a equipe estão produzindo uma formulação que possa ser produzida de maneira rápida e em larga escala”, observa.
O desafio nessa fase do escalonamento, segundo a professora, é manter as características físico-químicas da vacina, que utiliza uma formulação baseada em polímeros nanoestruturados, ou seja, que têm uma faixa de tamanho específica em escala nanométrica. “Para que isso continue tanto em 10 ml, que é quando fazemos uma escala laboratorial para testar em camundongos, quanto em 10 litros, para que se possa manter as características físico-químicas dessa vacina é preciso estudar o escalonamento. E é isso que o time da Unicamp vai ajudar: fazer com que essa vacina possa ser produzida em maior quantidade, mantendo a qualidade que o professor Marco desenvolveu em escala laboratorial”, explica.
Tecnologias aplicadas e etapas de produção da vacina
O imunologista e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Marco Antonio Stephano, coordena a equipe responsável pela formulação da vacina e pontua os passos no desenvolvimento da vacina. A primeira etapa foi a produção do antígeno, que nesse caso é uma molécula proteica que estimula o sistema imune a combater o vírus. Após, acontece o escalonamento da produção dessa substância, para que seja possível desenvolver a vacina.
Para aumentar a entrega de antígenos da fórmula na mucosa, os pesquisadores utilizam a nanotecnologia. “Com a nanotecnologia nós conseguimos aumentar a concentração de antígenos associados as partículas carreadoras, pois quando você diminui o diâmetro de uma circunferência, você aumenta a proporção da área superficial em relação ao volume dessa partícula e o número de partículas com a mesma quantidade de polímero. Então você acaba aumentando a área superficial total que o antígeno pode se associar e ser exposto ao organismo”, afirma Marco Antonio.
Além disso, como o polímero (molécula que compõe o antígeno) utilizado é muco-aderente, ele fica por tempo suficiente nas mucosas nasais, fazendo com que as células o levem para o sistema imunológico e o estimulem a produzir dois tipos de anticorpos contra o novo coronavírus. “Essa propriedade muco-aderente do polímero faz com que ele fique duas ou três horas depositado na mucosa, o que é suficiente para que os macrófagos e as células especializadas capturem esses antígenos. Uma vez capturados, eles são processados, vão para o sistema imunológico e produzem dois tipos de anticorpo: o IgG, que fica na circulação sanguínea, e IgA secretora que fica sobre a mucosa”, explana.
Vantagens da vacina por spray nasal
Uma das vantagens da vacina por spray, quando comparada com as vacinas injetáveis, é justamente o fato de que elas estimulam também a produção da IgA secretora. Dessa maneira, protege-se assim o principal meio de entrada do vírus no corpo: as mucosas das vias aéreas. Conforme estudo recente relativo à produção de outra vacina por spray nasal, viu-se que por esse método elimina-se o RNA viral no nariz, o que não foi observado na vacina injetável.
Assim, apesar de ambas as vacinas desse estudo serem protetoras, segundo a professora Laura, a vacina por spray nasal teve a vantagem de eliminar completamente o vírus, e já na porta de entrada. “Foi demonstrada essa vantagem de proteger a pessoa na entrada viral, então você consegue ter imunidade na mucosa nasal, o que faz com que se impeça a entrada viral e uma possível residência por curto tempo do vírus, inibindo contaminação de outras pessoas”.
A pesquisadora também observa que a vacina por spray é mais fácil de ser aplicada, dispensando treinamento específico. Por não necessitar de agulha, também resolve possíveis problemas de fornecimento de material. “Já fizeram cálculos de que se todos tivessem que ser vacinados ao mesmo tempo, não teria agulha para fornecer para todos nós, então temos essa vantagem”, diz.
Ela ainda destaca o fato de ser uma vacina inovadora, viável economicamente e realizada com tecnologia 100% brasileira, reduzindo dependência de instituições de outros países. Por fim, observa Laura, muitas pessoas têm medo da aplicação injetável. Assim, na administração por via nasal, há mais adesão à vacinação.
Perspectivas para a vacina
Uma das principais preocupações no contexto da pandemia é a corrida para a disponibilização de uma vacina. No caso da vacina por spray nasal, os professores explicam que os ensaios pré-clínicos, aqueles realizados com animais, devem ser repetidos em outubro. A perspectiva é que até o final de novembro os resultados sejam submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa, para que então sejam aprovados os testes clínicos em humanos e estes sejam iniciados em janeiro ou fevereiro.
Com os resultados clínicos, cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinar se a vacina tem qualidade e se laboratórios tem condições técnicas de formular e fazer. "Isso acontece para qualquer vacina, seja as que estão chegando em estágio 3, seja a nossa que está sendo desenvolvida. A Anvisa é o órgão que protege o consumidor, não a indústria nem a universidade, então é muito importante ter essa segurança”, lembra Marco Antonio.
Após os testes em humanos, a ideia é que a tecnologia seja apoiada por uma empresa com capacidade de produção em larga escala. Para isso, o grupo estuda os parâmetros críticos de produção. “Queremos que a empresa possa realmente produzir e esse trabalho não simplesmente virar mais um artigo, como temos muitos artigos sobre vacina, que são importantes para ter embasamento científico, mas que não viram um produto que pode ajudar a população”, avalia o pesquisador.
Apesar das perspectivas, eles salientam que dependem de uma série de fatores e principalmente de como será a resposta imunológica dos testes em animais. “Tudo depende dos testes. Se os testes rapidamente nos derem uma resposta positiva, o cronograma será facilmente seguido”, frisa a professora Laura.
Uma alternativa para exames de sangue, que atualmente são usados para ajudar a detectar ataques cardíacos, está sendo testada em estudo realizado na Soroka University Medical Center, em Beersheba, Israel, conforme informou o The Times of Israel. Comandada pelo médico Roi Westreich, a pesquisa utiliza a saliva, em vez do sangue, mostrando potencial para diminuir o diagnóstico do infarto para 10 minutos, o que salvaria muitas vidas.
O tempo que atualmente demora para tal diagnóstico pode levar cerca de uma hora. Da mesma maneira que nos exames de sangue, os de saliva também procuram a presença de troponina cardíaca. As amostras de saliva de 32 pacientes com lesão confirmada de seu músculo cardíaco foram processadas e testadas, constatando-se que em 84% delas havia a presença de troponina.
O cardiologista Marcelo Katz, formado pela Universidade de São Paulo e do Hospital Albert Einstein, explica que a troponina é uma proteína que faz parte da estrutura dos miócitos, células do coração. Em condições em que há lesão do miocárdio (músculo do coração), a troponina pode ser liberada na corrente sanguínea, e, dessa maneira, pode ser detectada em testes laboratoriais que medem o nível desta proteína no sangue.
Ele ressalta que, nos últimos anos, também testes laboratoriais no sangue já foram aprimorados, garantindo maior sensibilidade de detecção.
"Hoje, pequenas elevações no nível sérico (do sangue) de troponina podem ser identificados, e portanto, os testes de troponina são fundamentais para o diagnóstico de infarto. São considerados os principais biomarcadores para o infarto, mas para o correto diagnóstico devem ser considerados em conjunto com o quadro clínico e as alterações no eletrocardiograma do paciente", observa.
Segundo Katz, a pesquisa da Soroka Medical Center, a mensuração de troponina na saliva pode abrir a possibilidade de um novo tipo de diagnóstico de infarto.
"Mas é importante ressaltar que se trata de um estudo preliminar, o método ainda passará por aprimoramentos necessários. O que se pretende com a troponina salivar é a detecção mais precoce do infarto", diz.
Complicações e avanços
O médico destaca que um diagnóstico mais precoce permite a instituição de medidas de tratamento mais precoces, podendo também evitar as complicações decorrentes do infarto.
"Então é algo importante. A troponina salivar, quando estiver funcionando plenamente, não permitirá a prevenção do infarto, mas possivelmente contribuirá para prevenção das complicações do infarto", destaca.
Katz ressalta que ainda há longo caminho até que a troponina avaliada a partir da saliva tenha um papel de acelerar o diagnóstico. Se isso ocorrer, haverá grande possibiidade de redução do número de mortes.
"Um dos grandes problemas no fluxo de atendimento do infarto hoje em dia é que muitos pacientes atrasam a ida ao hospital imaginando que a dor no peito não seja importante. Isso explica, em parte, o fato de muitos pacientes com infarto falecerem antes mesmo da chegada ao hospital. Portanto, um diagnóstico mais preciso pré-hospitalar ou também um diagnóstico mais rápido hospitalar, poderiam melhorar esse cenário", analisa.
Para ele, um método de diagnóstico mais acessível e rápido reduziria também as complicações do infarto.
"Uma delas é a ocorrência de arritmias fatais. Quanto mais tempo decorre até o diagnóstico, e a instituição do tratamento, maior esse risco. A troponina salivar permitiria, hipoteticamente, que um paciente com dor torácica (dor no peito), fora do hospital, tivesse um rápido diagnóstico, por exemplo através de um teste rápido, acelerando a procura ao hospital, onde receberia tratamento adequado".
Mas, apesar de os passos iniciais já terem sido dados, ele diz que ainda há um caminho a ser percorrido até que, no futuro, este método seja acessível aos pacientes.
"Todo teste após validação inicial passa por longo caminho até se tornar confiável e poder ser utilizado na prática clínica", pondera Katz.
Uma coisa é certa. Tal pesquisa evidencia o incessante avanço da Medicina nos últimos anos, também na prevenção e controle dos ataques cardíacos.
"Houve diversos avanços: diagnóstico mais rápido e acurado, desenvolvimento de técnicas de desobstrução das coronárias através de procedimentos de angioplastias, desenvolvimento do stent (pequenas armação de metal) que é implantada no momento da angioplastia e garante que a coronária tratada permaneça desobstruída, surgimento de fármacos (medicações) mais modernas, nos hospitais fluxos específicos de atendimento desse tipo de paciente, que permitiram maior agilidade no tratamento", completa.
Centenas de pesquisas estão sendo realizadas no mundo para encontrar um tratamento comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2). Embora muitas se concentrem em testar remédios já usados para outras doenças (o que agiliza os estudos), algumas buscam desenvolver um medicamento específico para a Covid-19 do zero.
E, assim como no caso das vacinas, o Brasil é visto como o lugar ideal para esses estudos — a pandemia segue afetando muitas pessoas por aqui, o que oferece voluntários de sobra. Além disso, temos bons cientistas para conduzir os experimentos.
O princípio ativo ABX464, do laboratório francês Abivax, é um dos que está sendo colocado à prova no país. França, Alemanha, Reino Unido, Itália, México, Chile e Peru também participarão da empreitada.
“A fase um da pesquisa foi feita com indivíduos saudáveis. A segunda, em pacientes com colite ulcerativa, uma doença inflamatória do intestino. Agora que sabemos a dose que parece funcionar bem, começamos um estudo randomizado duplo-cego focado no coronavírus”, conta o imunologista Jorge Kalil, professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do estudo.
Dez centros brasileiros integram esse esforço conjunto. “E há mais dez em qualificação. A ideia é recrutar 680 pacientes aqui, esperando um total de 1 136 em todos os países”, relata Kalil. Os voluntário terão acima de 65 anos e/ou obesidade, diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. A ideia é testar o fármaco em indivíduos com casos leves ou moderados do coronavírus e verificar se ele evita o agravamento do quadro.
O ABX464 é um medicamento oral que promete atuar como antiviral, anti-inflamatório e reparador dos tecidos pulmonares. Mas atenção: todos esses predicados carecem de comprovação.
“Os efeitos colaterais apresentados anteriormente são mínimos. Algumas poucas pessoas ficam enjoadas e têm dor de cabeça”, diz Kalil.
Acredita-se que esse estudo termine em dezembro de 2020. “Solicitei à Abivax que o Brasil entre em prioridade para receber o remédio logo depois da França”, revela o imunologista da USP.
Mas essa não é a única promessa a ser investigada em terras verde-amarelas. A farmacêutica alemã Merck iniciou recentemente a segunda etapa de uma pesquisa que irá checar a eficiência de uma molécula em 150 voluntários brasileiros e americanos com coronavírus.
Batizada de M5049, ela neutraliza os sensores das nossas células que detectam o RNA do Sars-CoV-2. “Esse bloqueio em pacientes com pneumonia no início de uma resposta hiperinflamatória pode suprimir a ‘tempestade de citocinas’, que leva a complicações potencialmente fatais”, explica Luiz Magno, diretor médico da Merck no Brasil. De novo, a proposta é impedir a progressão para um quadro crítico.
Se o estudo trouxer bons resultados, o princípio ativo partirá para a terceira e última etapa de avaliação. Não há previsão de quando ele ficaria disponível.
Há ainda uma pesquisa que não está sendo realizada no nosso país, mas vale uma menção por ser conduzida pela AstraZeneca — a mesma empresa da vacina de Oxford, uma das mais avançadas na corrida contra o coronavírus.
O remédio possui uma combinação de anticorpos monoclonais que bloqueiam duas partes de uma proteína específica do Sars-CoV-2. Com isso, o vírus não conseguiria entrar nas células do organismo.
“Os anticorpos monoclonais impediriam o contágio em pessoas expostas ou a multiplicação do vírus em alguém já infectado”, conta Maria Augusta Bernardini, diretora médica da AstraZeneca no Brasil.
Ou seja, ele não apenas trataria, como preveniria a Covid-19 (o que seria especialmente útil para profissionais de saúde, por exemplo).
A investigação se encontra na primeira fase com seres humanos — feita com 48 voluntários no Reino Unido. “No estágio atual, não dá para falarmos de evidências de eficácia”, pondera Maria Augusta.
Quais as dificuldades de criar um remédio contra a Covid-19
De acordo com o infectologista Marcelo Simão Ferreira, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o atributo mais desejável de uma
Isso para impedir o processo inflamatório exacerbado, que causa complicações em diferentes órgãos.
Uberlândia (UFU), em Minas Gerais. Ocorre que não é exatamente fácil desenvolver moléculas com esse potencial.
Mais: um remédio, além de eficaz, deve ser seguro. “Às vezes, um princípio ativo funciona nos testes, mas apresenta muitos efeitos colaterais, o que impede seu uso. Não adianta funcionar contra o vírus e provocar arritmia cardíaca, hepatite, lesões nos rins etc”, aponta o especialista.
Quando falamos de uma doença que não existia até pouco tempo atrás, a coisa fica mais complicada. Faltam conhecimentos relativamente básicos sobre sua atuação, que dificultam a produção de candidatos a tratamento.
E, paradoxalmente, a aplicação de uma vacina comprovadamente eficaz na população pode diminuir o ritmo de experimentos com novas medicações. Ora, se as pessoas estão imunizadas, um tratamento se torna menos urgente. “O período para avaliarmos rapidamente a eficácia e a segurança de vários compostos é agora”, pontua Ferreira.