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pulmonarHá dois meses, no dia 9 de maio, a bióloga Patrícia Ribeiro, 39, teve uma dor de cabeça muito forte e sua garganta também ficou dolorida. Logo depois, ela teve sinusite, parou de sentir cheiros e o gosto dos alimentos.

Resolveu fazer consulta em uma clínica particular e passou a tomar azitromicina por cinco dias, como recomendado pela médica. O remédio não trouxe melhoras, então ela procurou um hospital no Rio de Janeiro, cidade onde mora, no dia 19 do mesmo mês.

Lá, fez uma tomografia, que mostrou 25% de seu pulmão comprometido, e o exame sorológico para detecção de anticorpos, que deu negativo. Um dia depois, fez o teste RT-PCR, capaz de identificar fragmentos do novo coronavírus, e o resultado foi positivo.

"Foi considerado um caso leve. Não tive febre. Quando eu respirava, doía um pouco, mas não era falta de ar", conta.
Por isso, ela permaneceu isolada em casa. "No dia 26 [de maio] a médica falou que eu estava ótima", lembra. Mas, um mês depois dos primeiros sintomas de covid-19, Patrícia sentiu muitas dores na panturrilha. Ficou internada por dois dias com suspeita de trombose, mas exames descartaram essa hipótese.

"A médica me deu alta. Eu estava tomando anticoagulante, mas depois [da liberação] não tomei mais nada", relata. Após uma semana, ela sentiu dores nas costas, voltou ao hospital recebeu o diagnóstico de embolia no pulmão direito.

"Fui para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e fiquei um dia lá, depois fui para o quarto", conta. Passou 8 dias internada e teve uma inflamação gerada pelo acesso usado para a medicação. "Minha taxa de infecção foi lá em cima", destaca.

Patrícia conta que até a semana passada ainda estava mal, pois sentia dores para respirar e estava com uma tosse "horrível". "O pós-covid foi pior, mas meu pulmão está bem melhor", afirma. Ela também conta que ainda se cansa ao andar, mas também obteve melhoras, pois durante a covid-19 não conseguia sair do quarto, tamanha a fadiga.

Ela faz acompanhamento com um pneumologista e seguirá tomando anticoagulante por seis meses e diz que ainda precisará se consultar com um cirurgião vascular.
Para Ionara Soares, 32, os sintomas de covid-19 chegaram em 1º de abril: dor de cabeça, dor no corpo, coriza e tosse, perda de paladar e olfato. Foi internada oito dias depois, quando a tomografia mostrou o aspecto de vidro fosco em seu pulmão, o que indica pneumonia e, então, veio a falta de ar e a confirmação da doença causada pelo novo coronavírus.

A controladora de tráfego aéreo passou 3 dias no CTI. Seu quadro foi caracterizado como moderado. "Fiquei no oxigênio, não cheguei a ser intubada", lembra.

Voltou para casa, em Itabuna, no interior da Bahia, numa sexta-feira. O médico recomendou que ela tomasse hidroxicloroquina, apesar do resultado de seu teste RT-PCR ter sido negativo, o que indica que ela não tinha mais o vírus. Com isso, surgiram novos problemas. "Na alta, o enfermeiro me medicou. Na vinda [para casa] senti o peito apertando e falta de ar", conta.
No outro dia, ela acordou cheia de manchas vermelhas pelo corpo. "Achei que era alergia do lençol", afirma. Ao longo do dia, a vermelhidão sumiu. "Tomei novamente a hidroxicloroquina e começou tudo de novo. Voltei para o hospital domingo e o médico mandou suspender [o remédio]", acrescenta.

A mudança trouxe melhoras nas manchas e na falta de ar. Agora, o que mais incomoda Ionara são as dores nas costas e pernas. "Quando vou levantar sinto dores no joelho, nunca senti isso antes", afirma.

"Essa semana fui no supermercado e, quando fui pegar as coisas do carrinho para colocar no caixa, senti muita dor nas costas, parecia que alguém estava me chicoteando", descreve.

Essa é uma das poucas vezes em que Ionara sai de casa. Além do medo de reinfecção, o cansaço extremo lhe impede. "Se eu ando do quarto para a cozinha fico cansada e sinto falta de ar. Às vezes tenho formigamento nos braços", explica.
À noite, as dores nas costas vêm ainda mais fortes e tiram seu sono. "Já fui no pneumologista e ele disse que meus exames estão normais, que só o tempo mesmo. A incerteza é a pior parte, inclusive ao procurar o médico. Me deixa com mais medo ainda", desabafa.

De acordo com o pneumologista Gustavo Prado, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as sequelas da covid-19 são observadas, principalmente, nos pacientes que apresentaram quadros mais graves da doença e precisaram ficar internados.

"Aqueles que ficam mais tempo na UTI podem desenvolver sequelas em diversos sistemas, como neuropatias, fraqueza e atrofia muscular, fadiga crônica, alterações de memória e estresse pós-traumático", afirma.

Ele acrescenta que no pulmão, órgão mais afetado, existe o risco de fibrose pulmonar (cicatrizes deixadas por lesões) e outras complicações que levam à diminuição da capacidade respiratória e da tolerância aos esforços e fazem as pessoas se cansarem facilmente.

O especialista ressalta que quadros tromboembolíticos, como o de Patrícia, parecem ser mais frequentes em casos de covid-19, se comparados com outras infecções que causam pneumonia viral e podem ser silenciosos.

"Aparecem de forma insuspeita, são diagnosticados ao investigar casos de oxigenação muito baixa provocada pela infecção do vírus. São potenciais agravadores e também podem deixar sequelas", observa.


De acordo com ele, a reabilitação dos recuperados da covid-19 é longa e envolve profissionais de diversas especialidades, como pneumologistas, nutricionistas e fisioterapeutas. "É necessário integrar cuidados para reestabelecer a funcionalidade plena", conclui.

 

R7

Foto: Pixabay

 

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que as células adiposas (que armazenam gordura) não só podem ser infectadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) como servem de repositório ao agente responsável pela covid-19.


O experimento ajuda a entender por que os obesos correm mais riscos de desenvolver a forma grave da doença.

Além de serem mais acometidos por doenças crônicas, como diabetes, dislipidemia e hipertensão – que por si só são fatores de risco –, os obesos teriam, segundo a Unicamp, um maior reservatório para o vírus em seu organismo.

“Temos células adiposas espalhadas por todo o corpo e os obesos as têm em quantidade e tamanho ainda maior. Nossa hipótese é a de que o tecido adiposo serviria como um reservatório para o Sars-Cov-2. Com mais e maiores adipócitos, as pessoas obesas tenderiam a apresentar uma carga viral mais alta”, disse à Agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia (IB) e coordenador da pesquisa.

A dúvida agora é saber se o vírus consegue sair da célula de gordura com capacidade para infectar outras células do corpo.

Os experimentos estão sendo conduzidos in vitro, com apoio da Fapesp, no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve).


Em idosos
O estudo mostrou também que a célula de gordura envelhecida por uma radiação ultravioleta apresentava uma carga viral três vezes maior do que as células “jovens”, o que ajudaria a explicar também a razão de os idosos correrem mais riscos com a pandemia.

“Recentemente, começaram a ser testados em humanos alguns compostos capazes de matar células senescentes [que surgem com o envelhecimento]: são as chamadas drogas senolíticas. Nos experimentos com animais, esses compostos se mostraram capazes de prolongar o tempo de vida e reduzir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas à idade avançada”, afirmou Mori.

O grupo da Unicamp teve então a ideia de testar o efeito de algumas drogas senolíticas no contexto da infecção pelo SARS-CoV-2. Em experimentos feitos com células epiteliais do intestino humano, observou-se que o tratamento reduziu a carga viral das células submetidas à radiação UV.

“Alguns compostos chegaram a inibir em 95% a presença do vírus. Agora pretendemos repetir o experimento usando as células adiposas”, explicou.

As etapas seguintes da pesquisa incluem a análise de céulas obtidas de pacientes com diagnóstico de covid-19, obtidos por meio de biópsia. “Um dos objetivos é avaliar se essas células encontram-se de fato infectadas e se o vírus está se replicando em seu interior."

Caso se confirme que o vírus cause algum tipo de impacto metabólico na célula, Mori observou que as implicações poderão ser grandes. “As células de gordura têm um papel muito importante na regulação do metabolismo e na comunicação entre vários tecidos. Elas sinalizam para o cérebro quando devemos parar de comer, sinalizam para o músculo quando é preciso captar a glicose presente no sangue e atuam como um termostato metabólico, dizendo quando há necessidade de gastar ou armazenar energia. Pode ser que o vírus interfira nesses processos, mas por enquanto isso é apenas especulação”, disse o pesquisador à Fapesp.

 

R7

A partir deste sábado, 11, a Unidade Básica de Saúde Amolar passa a contar o sistema de marcação de consultas e exames na rede municipal de Saúde. Assim como na comunidade L3 que já conta com o serviço, o programa vai facilitar a vida do homem do campo.  

Segundo o Secretário de Saúde de Floriano, James Rodrigues, outras unidades da zona rural irão receber o programa e pelo cronograma a próxima UBS será a do povoado Manga.  

O prefeito Joel Rodrigues esteve na UBS e observou de perto a instalação da nova modalidade. “O Amolar fica a 80km de distância. É nosso interior mais distante e essa ação vai beneficiar milhares de pessoas”, disse.  

A previsão é de que o sistema seja implantado, nos próximos meses, em outras Unidades Básicas de Saúde da zona rural como, Morrinhos, Vereda e outras.

ajoeamod

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Nesta sábado, 11, os moradores da Comunidade receberam técnicos do Centro de Referência para Síndromes Gripais Funasa onde dezenas de moradores do Distrito Amolar foram testados.

A prioridade foram idosos e pessoas com algum tipo de comorbidades.  

Essa é uma importante ação que vem sendo realizada em parceria com o governo do Estado, o Programa Busca Ativa de testagem para Covid-19. 

O objetivo do Programa Busca Ativa é identificar pessoas contaminadas pelo novo coronavírus no Estado. As equipes do Projeto Saúde da Família vão fazer o monitoramento da Covid-19 em parceria com os municípios.

dostto

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