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cerebroSurgiram indícios de que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) pode afetar o cérebro de diversas maneiras. Em relatos de caso e estudos já publicados, a Covid-19 disparou problemas neurológicos, inclusive o temido AVC.

Para citar um exemplo, um trabalho chinês publicado no JAMA Neurology com 214 portadores da doença mostrou que até 36% tiveram também algum tipo de problema na massa cinzenta. Entre eles, alterações sensoriais, derrames e confusão mental.

“A Covid-19 está ligada a um aumento na formação de coágulos em artérias”, comentou, em comunicado à imprensa, o neurocirurgião Wanderley Cerqueira de Lima, que atua na Rede D’Or e na Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein. Além do risco de trombose e embolia pulmonar, tais coágulos podem atingir o cérebro, levando ao AVC.

Essa característica não é exclusiva do novo coronavírus. Outras infecções facilitam o entupimento dos vasos sanguíneos, como malária e dengue. No caso do Sars-CoV-2, médicos estão testando o uso de anticoagulantes em alguns indivíduos internados para amenizar o risco de complicações.

Coronavírus e o risco de AVC em jovens
O curioso é que a Covid-19 parece aumentar a probabilidade de derrames em adultos mais jovens, que geralmente não pertencem ao grupo de risco desse problema. “Os coágulos arteriais e venosos estão sendo diagnosticados em pacientes abaixo dos 30 anos”, reforçou Lima, naquele mesmo comunicado.

 

Em carta publicada no The New England Journal of Medicine, pesquisadores do Mount Sinai Health System, em Nova York, relatam cinco casos de AVC em pessoas com menos de 50 anos que foram infectadas pelo coronavírus. Duas não exibiam qualquer enfermidade que favorecesse o derrame. É pouca gente, claro — mas o fato serve de estímulo para que os profissionais estudem mais a fundo a situação.

Um dos possíveis mecanismos para os entupimentos nas artérias que irrigam o cérebro é a inflamação sistêmica promovida pelo corpo em resposta ao Sars-CoV-2. As citocinas, substâncias inflamatórias liberadas exageradamente em alguns sujeitos acometidos por esse agente infeccioso, agridem o endotélio, a parede dos vasos sanguíneos. Isso, por sua vez, atrapalharia a circulação.

A tempestade inflamatória no cérebro
Além das artérias e veias, suspeita-se que as citocinas prejudiquem diretamente a massa cinzenta do pessoal afetado pela Covid-19.

Em artigo publicado no periódico Cell Press, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontam evidências de que o coronavírus poderia culminar em encefalite — uma inflamação severa do cérebro. Isso ajudaria a explicar sintomas como a confusão mental e dores de cabeça.

Por último, há relatos recentes de Síndrome de Guillain-Barré ocorrendo junto com a infecção de Covid-19. Trata-se de outra condição inflamatória (já observada em casos de zika e chikungunya) em que os nervos responsáveis pelo comando dos músculos são atacados. Como resultado, o paciente perde a capacidade de se mover por um período que pode variar bastante. Em episódios graves, o quadro afeta a musculatura que regula a respiração, colocando a vida em risco.

De novo: ainda é cedo para dizer que coronavírus causa a Síndrome de Guillain-Barré.

Não se sabe ainda se vários desses achados mais drásticos são meras coincidências ou se de fato estão ligados ao vírus por trás da pandemia. Mais estudos são necessários para entender como o estado inflamatório afeta o cérebro e, especialmente, se esses danos são temporários ou podem deixar sequelas.

Um ataque direto?
A inflamação e o surgimento de trombos são as duas principais hipóteses para explicar as manifestações neurológicas que viriam da Covid-19. Porém, outras teorias vêm sendo estudadas. Uma especula que o vírus teria uma atração especial por células do sistema nervoso central — ou seja, ele as invadiria diretamente.

Aqui no Brasil, um trabalho da Universidade Estadual de Campinas mostrou que o Sars-CoV-2 consegue infectar neurônios cultivados em laboratório. Contudo, isso não significa que ele faria o mesmo dentro do corpo — e em intensidade suficiente para provocar estragos.

Falta confirmar, por exemplo, se o vírus consegue mesmo atravessar a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro de patógenos em circulação. “E, se sim, que tipo de impacto pode causar no tecido nervoso”, declarou, à Agência Fapesp, o biólogo Daniel Martins-de-Souza, autor da pesquisa brasileira.

 

Saude msn

Foto: Ilustração: Jolygon/iStock

 

O caso confirmado de COVID-19 em Barão de Grajaú-MA está em tratamendo domiciliar. A vítima do novo corona virus é uma mulher.

katiana

As informações são da Katiana Ayres que está como coordenadora de enfermagem do Hospital Barjonas Lobão, centro, que funciona 24 horas.

barjonas

Um leito de isolamento está em fase de conclusão no órgão. O único caso na cidade é de uma  paciente está em casa sendo tratamento. 

Da redação

 

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou que farmácias apliquem testes rápidos de covid-19. O órgão afirma que esse tipo de teste não tem o objetivo de diagnosticar a doença e que a autorização é temporária e excepcional. Especialistas ouvidos pelo R7 são a favor da medida, mas apontam que o exame tem limitações e que é essencial seguir regras para aplicá-lo.

testrapdO CFM (Conselho Federal de Medicina) manifestou em nota sua preocupação com as consequências dessa resolução. De acordo com a instituição, se o teste rápido for realizado no período incorreto, 75% dos resultados podem ser "falsos negativos".

“Apesar de úteis em situações específicas, como no mapeamento epidemiológico de uma infecção viral, estes exames podem apresentar número significativo de resultados falso negativos. Eles apresentam deficiências, pois devem ser realizados após sete dias da apresentação dos primeiros sintomas”, diz o CFM.

O conselho ainda pede que seja priorizada a aplicação do teste RT-PCR, de biologia molecular. Ele é considerado "padrão ouro" porque detecta a presença do material genético do novo coronavírus, ou seja, é capaz de diagnosticar uma infecção ativa pelo vírus.

Detecta anticorpos, mas não a infecção
O teste rápido, por sua vez, detecta a presença de anticorpos contra o novo coronavírus no sangue da pessoa. Isso significa saber se houve exposição ao vírus - e não se a pessoa está infectada no momento da testagem.

Sete dias é o prazo necessário para que o organismo consiga produzir essa resposta do sistema imune em níveis detectáveis pelo exame que será disponibilizado em farmácias- período conhecido como "janela imunológica". Entretanto, resultados melhores foram obtidos a partir do décimo dia com a utilização de produtos registrados pela Anvisa,

O virologista e biólogo Flávio Guimarães da Fonseca, do Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a favor da medida, mas ressalta que é preciso ter noção sobre a limitação do teste rápido.

"A gente precisa de alguma alternativa para testar as pessoas que não estão com sintomas e não chegam a ir aos hospitais, porque elas dificilmente vão ter a oportunidade de fazer o teste molecular", pondera.

Falhas nos resultados

"O teste rápido dá muitos resultados falsos negativos, então não pode ser usado como diagnóstico definitivo. Deve haver sempre uma consideração técnica e profissional", enfatiza o virologista.

A pesquisadora do ICB (Instituto de Ciências Biológicas) da USP Natália Pasternak publicou um artigo na revista do Instituto Questão de Ciência, do qual é presidente, em que cita as limitações desse tipo de teste.

Uma delas é que como ele só mede anticorpos, não funciona no período inicial de infecção e deixa passar pessoas assintomáticas ou com sintomas leves que, mesmo assim, podem transmitir o vírus.

A especialista também aponta a possibilidade de falsos positivos. "A sensibilidade (capacidade do teste de evitar falsos negativos) e a especificidade (capacidade de evitar falsos positivos) desses testes variam muito", afirma.

Por conta dessa característica, a interpretação dos resultados exige cuidado. "Um resultado negativo pode indicar que a pessoa nunca teve contato com o vírus, ou pode ser erro do teste (falso negativo)", explica.

"Um resultado positivo para IgM pode acontecer quando a pessoa ainda está com o vírus, ou algumas semanas depois do fim da doença. Um resultado positivo para IgG sugere que a pessoa teve o vírus e se recuperou, mas não garante imunidade", completa.

IgM e IgG são os dois tipos de anticorpos identificados pelo teste rápido. O IgM é o primeiro a ser produzido tende a desaparecer, indica que o paciente está infectado ou teve uma infecção recente. Já o IgG demora para ser fabricado, porém é mais abundante e permanece no sangue, como uma memória de defesa que dura a vida toda.

Testes devem ser regularizados
Na opinião de Guimarães, o exame não deve ser feito sem que exista a indicação médica. A Anvisa não exige a a apresentação de pedido médico para a realização do teste, no entanto, ressalta que o ato não deve ser aleatório.

"Reforçamos que o farmacêutico deve estabelecer procedimento escrito para o atendimento, incluindo a árvore decisória para a utilização do teste", afirma a instituição em nota. "O usuário que procurar a farmácia deve ser orientado quanto ao correto momento de realizar o teste rápido".

O órgão ainda estabelece diversos critérios para que as farmácias possam aplicá-los. Entre eles está a utilização de dispositivos regularizados, que podem ser consultados aqui, e a garantia do registro e da rastreabilidade dos resultados obtidos.

O presidente do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia de São Paulo), Marcos Machado, afirma que a permissão da Anvisa é importante para garantir o acesso à testagem para a população em geral, mas enfatiza que é imprescindível capacitar todos os farmacêuticos para aplicar corretamente o teste.

"Nós fizemos um manual de orientação geral em que consta todas as normas da Anvisa e quais as exigências sobre a estrutura da farmácia, Ele será enviado por e-mail para todos os farmacêuticos", afirma.

A instituição também vai produzir vídeos com cerca de 20 minutos com o intuito de ajudar na capacitação e esclarecer possíveis dúvidas desses profissionais. O conteúdo deve ser divulgado a partir desta quarta-feira (06).

Machado acrescenta que é responsabilidade do farmacêutico verificar se o kit de teste rápido está registrado na Anvisa, informar a quem deseja se submeter ao exame como ele funciona e também verificar os sintomas da pessoa para analisar se a aplicação do teste é realmente necessária.

 

R7

Foto: Santiago Arcos/Reuters

 

 

Com alguns órgãos em saúde, a partir dessa semana, realizando testes da COVID-19 deve aumentar o número de casos da doença em Floriano.

Somente nessa terça-feira, 06,  dois novos casos surgiram, dado aos exames feitos em clínicas particulares. Foram realizados cerca de dez testes.

A cidade conta hoje conta 12 casos, sendo os dois detectados nas clinicas particulares, pois somente no Hospital são 10 casos confirmados do novo corona virus.

 boletim07052020

Da redação