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A obesidade já é considerada uma epidemia. De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado na revista científica Lancet em dezembro do ano passado, quase um terço de todo o planeta, o equivalente a 2,3 bilhões de pessoas, vive com sobrepeso ou obesidade.

No Brasil, mais da metade da população (55,7%) está com excesso de peso, segundo dados da pesquisa Vigitel. O levantamento aponta também que houve aumento de 67,8% nas taxas de obesidade no Brasil entre 2006 e 2018, saindo de 11,8% para 19,8%. É o maior índice de obesidade nos últimos 13 anos, segundo o Ministério da Saúde.

O aumento da obesidade foi maior entre a população adulta de 25 a 44 anos, com taxas acima de 80%, e entre mulheres: 20,7% contra 18,7% dos homens, em 2018. Em relação ao excesso de peso, os mais afetados são indivíduos jovens, de 18 a 24 anos, e mulheres. O panorama se repete entre crianças e adolescentes.

No país, 12,7% dos meninos e 9,4% das meninas estão obesos. A OMS projeta que até 2022 o número de crianças obesas no planeta deva ultrapassar o das que se situarem abaixo do peso. Para além dos fatores genéticos, essa situação é atribuída à má qualidade nutricional das refeições, com o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e sal, em detrimento de alimentos saudáveis e naturais como frutas, verduras, legumes e grãos. A alimentação inadequada, segundo o relatório da OMS, faz com que mais de 150 milhões de crianças tenham atraso no crescimento.


O foco no combate à obesidade infantil é mais do que necessário. A probabilidade de uma criança gorda tornar-se um adulto acima do peso é enorme. Isso porque o número de células adiposas, que retêm gordura, conhecidas como adipócitos, é geralmente definido até os 20 anos. Depois dessa idade, nada, absolutamente nada é capaz de diminuir a quantidade de adipócitos – nem a mais radical das dietas. Quando uma pessoa emagrece, os adipócitos apenas perdem volume, entretanto continuam lá.

Todo sobrepeso indica desequilíbrio metabólico e organismo inflamado. As consequências da obesidade são: aumento do risco de doenças crônicas como depressão, esclerose múltipla, diabetes, asma, pressão alta, insuficiência cardíaca, demência e câncer. Adultos com obesidade grave desde a infância vivem até dez anos menos em relação aos que mantiveram a linha. A condição aumenta ainda em três vezes o risco de diabetes do tipo 2.

Alimentos Tarja Verde
Para mudar esse cenário, o Instituto Vencer o Câncer (Ivoc) lançou nesta terça-feira (4) a campanha Alimentos Tarja Verde. É uma alerta sobre a importância da alimentação saudável para a prevenção da obesidade e, consequentemente, de uma série de doenças crônicas.

“Lançamos essa campanha para alertar a todos sobre o perigo que a obesidade representa para a saúde, já que é um fato de risco sério para várias doenças, como o câncer, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, entre outras”, explica o oncologista Fernando Maluf, um dos fundadores do Ivoc.


Para incentivar a boa alimentação na infância, a campanha conta com o selo Tarja Verde, que identifica os alimentos saudáveis e não processados, que contribuem para a prevenção de doenças, como a obesidade e o câncer. Alguns exemplos desse alimentos são abacate, abacaxi, abóbora, alho, salmão, brócolis, cebola, cenoura, espinafre, feijão, gengibre, laranja, limão, maçã, manga, nozes, repolho e sardinha.

Diversas pesquisas já mostraram o impacto dos alimentos na saúde, apontando os verdadeiros “vilões” – o açúcar, os ultraprocessados etc. – e absolvendo aqueles que tradicionalmente eram demonizados.

“Nosso objetivo é levar informações sobre ações de prevenção da obesidade infantil para garantir que na vida adulta as pessoas mantenham a qualidade de vida e sejam mais saudáveis. Acreditamos que a disponibilidade de alimentos Tarja Verde deve ser ampliada para toda a sociedade, fazendo com que escolhas sejam mais fáceis e acessíveis”, explica o oncologista Antônio Carlos Buzaid, também fundador do instituto.

Alimentação saudável
A expectativa é que haja um retorno à alimentação do passado, com a revalorização da “comida de verdade” – o avesso do fast-food. Uma alimentação saudável consiste em uma dieta equilibrada e balanceada que contempla os seguintes aspectos: variedade, moderação e equilíbrio. Por exemplo, não tem problema comer aquele desejado doce, de vez em quando. O que não dá é para viver disso.
No blog da campanha, a nutricionista Luisa Macedo Nunes dá algumas dicas para uma vida mais saudável. Confira abaixo:

– comer verduras e legumes nas duas principais refeições (almoço e jantar) e três porções de frutas por dia;
– reduzir ao máximo alimentos refinados, como farinha branca, arroz branco, açúcar refinado e alimentos industrializados (bolachas, salgadinhos);


– optar por alimentos integrais, como arroz integral, pão integral, farinha integral, açúcar mascavo ou açúcar de coco;


– evitar o consumo de bebidas industrializadas, como refrigerantes e sucos de caixinha;


– beber mais água em vez de bebidas doces.


– preferir sempre comer a fruta em vez de tomar o suco. A versão líquida tem excesso de frutose e ausência das fibras;


– sempre que possível, optar por alimentos orgânicos sem agrotóxicos e pesticidas;


– evitar comer em frente à televisão ou celular


– fazer atividade física com frequência

 

veja

 

Casos suspeitos do novo coronavírus no Brasil seguem um padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, que inclui desde o isolamento do paciente até o envio de amostras de material respiratório para análise.

corona

Até o momento, já foram descartados 16 casos; outros 13 aguardam resultados de exames.

Para ser considerado um caso suspeito, o paciente precisa ter feito viagem à China 14 dias antes do aparecimento dos sintomas (febre e pelo menos um sintoma respiratório).

Também são considerados casos de pessoas que tiveram contato com outros pacientes suspeitos de terem contraído o vírus ou confirmados.

Os médicos recolhem duas amostras de material respiratório (secreção da garganta ou nariz). Pode ser utilizada uma espécie de cotonete ou uma aspiração do nariz.

Os profissionais de saúde devem seguir um rígido protocolo laboratorial para evitar contágio e garantir o armazenamento e transporte seguros e sem alterações das amostras coletadas.
O isolamento pode ser feito em hospital ou em casa, a depender do estado de saúde do paciente.

As amostras são enviadas com urgência para o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) do estado onde o paciente se encontra — em São Paulo, é o Instituto Adolfo Lutz.

Segundo o protocolo laboratorial para a coleta, acondicionamento e transporte de amostras biológicas para investigação do novo coronavírus do Instituto Adolfo Lutz, uma das amostras será analisada por PCR em tempo real e outra por análise metagenômica: duas técnicas distintas para a identificação do vírus.

O epidemiologista Paulo Rossi Menezes, coordenador da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, explica que o teste por análise metagenômica é muito mais complexo e é necessário suporte de softwares e banco de dados para verificar todo o material genético presente em uma amostra.

Apesar da complexidade, o epidemiologista enfatiza a importância da análise metagenômica para objetivos de pesquisa científica.

“Não é um exame ideal para diagnóstico, mas como conhecemos pouco sobre o novo coronavírus é importante para a comunidade científica.”

Até agora, apenas um exame desses foi realizado em caso suspeito de coronavírus no país.

Já os exames feitos pelo PCR são mais rápidos e econômicos. Eles verificam a presença de um material genético específico do novo vírus.

Por isso, é necessário que o laboratório que for realizar o teste tenha o material de referência para comparação, explica o patologista Flávio Alcantara, associado à SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial)

Menezes afirma que o controle, nome dado ao material de comparação, do coronavírus foi enviado pelos Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) de Atlanta para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, e deve chegar ao Adolfo Lutz nos próximos dias.

Com isso, será possível testar pacientes com suspeita do novo coronavírus em menos tempo.

Até agora, os casos têm sido testados por exclusão. São feitos exames de vírus que já se têm a base comparativa antes de proceder para a verificação específica do novo coronavírus.

A maior parte dos casos suspeitos apresentou resultado positivo para influenza A ou B, que são de gripe comum, segundo o Ministério da Saúde.

Os resultados de exames feitos por PCR demoram cerca de 6 horas e custam menos de R$ 5.000.

Já aqueles feitos por análise metagenômica têm custo em torno de R$ 5.000 e levam até quatro dias para serem concluídos, a depender da capacidade tecnológica do laboratório.

Segundo Júlio Croda, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, alguns casos suspeitos foram encaminhados à Fiocruz para o exame específico de biologia molecular que detecta o novo coronavírus. O resultado deve sair em cinco dias.

"A gente tem a atualização de cinco pacientes que foram para esse exame específico de coronavírus: 1 de São Paulo, 3 do Rio do Sul e 1 de Santa Catarina."

 

R7

Foto: divulgação Fiocruz

cancrO Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano de 2020 a 2022. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (4) pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer). Somente entre a população infantojuvenil são esperados 8.460 novos casos por ano no mesmo período.

A publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil mostra que o câncer de pele não melanoma deve permanecer como o mais incidente, com a expectativa de 177 mil novos casos por ano.

Em seguida, está com o câncer de mama próstata, com 66 mil casos cada; cólon e reto, com 41 mil casos; traquéia, brônquio e pulmão, com 30 mil; e, estômago, com 21 mil.

De acordo com Inca, o Brasil apresenta um declínio dos tipos de câncer associados a condições socioeconômicas desfavoráveis. Em algumas regiões, no entanto, as ocorrências persistem. É o caso do câncer de colo de útero, na Região Norte.

Enquanto no Brasil esse tipo de doença está em terceiro lugar, na incidência entre mulheres, desconsiderando o câncer de pele não melanoma, no Norte é o segundo mais incidente, atrás apenas do câncer de mama.

Um a cada três casos de câncer poderiam, segundo o Inca, ser evitados pela redução ou eliminação de fatores de risco, como, por exemplo, tabagismo e obesidade.


Atividades físicas, cuidados com a exposição ao sol e alimentação saudável com frutas, vegetais e hortaliças frescos, evitando alimentos ultraprocessados, também podem ajudar a evitar o câncer.


Aumento da estimativa
A estimativa para o próximo triênio aumentou em relação à última projeção, quando 600 mil novos casos eram esperados por ano em 2018 e 2019.

A primeira publicação é feita para o triênio. Antes, a projeção era calculada a cada dois anos.A mudança ocorreu devido à disponibilidade de informações, mais confiáveis.

O instituto também calculou a incidência da doença para a população infantojuvenil. Segundo o instituto, ar maior incidência pode ocorrer entre meninos, com 4.310 novos casos por ano. Entre meninas, devem ser registrados 4.150 novos casos. A incidência deverá ser maior na região Sul, seguida pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

De acordo com o Inca, o recorte para a população mais jovem permite aprimorar as ações de saúde pública e controle da doença neste público. Se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados, 80% das crianças e adolescentes podem ser curados.

 

Agência Brasil

Foto: Divulgação/NIH/NINDS

A obesidade pode ser uma das principais causas do câncer. Hoje, estima-se que cerca de 70% da população adulta dos países desenvolvidos esteja com sobrepeso ou obeso. A lista dos tipos de câncer que estão associados à obesidade é enorme, e ela só cresce.


No Dia Mundial de Combate ao Câncer, o Bem Estar convidou o oncologista Fernando Maluf para explicar a relação da obesidade com a doença. “Hoje, a obesidade representa o segundo ou primeiro fator de risco pra câncer no mundo inteiro. A gente sabe que, de dez casos de câncer que não tem relação com a genética, um terço tem relação com obesidade, sedentarismo ou dietas ruins”.

De acordo com Maluf, o aumento da obesidade está associado com o aumento do risco de desenvolvimento de diversos tipos de tumores malignos, incluindo o câncer colorretal, esôfago, estômago, vesícula, pâncreas, fígado, rim, mama, endométrio.

“A obesidade é uma alteração da fisiologia do organismo. A pessoa obesa tem uma inflamação crônica do organismo que acaba causando uma instabilidade das células de vários órgãos, como intestino, próstata, ovário, útero, mama. O obeso fabrica mais hormônio, que tem relação grande com alguns tipos de câncer. Além disso, a pessoa obesa tem uma alteração de toda a flora intestinal, diminuindo as defesas no combate a qualquer tipo de situação, por exemplo, o câncer”, esclarece Maluf.

Obesidade infantil
Hoje, no Brasil, são mais de 11 milhões de crianças obesas. O Brasil tem dez vezes mais crianças obesas do que tinha a 40 anos atrás. No mundo todo, são mais de 250 milhões de crianças. “O que está acontecendo é uma epidemia de obesidade infantil e na adolescência e, nos próximos anos, pode parecer irreal, mas teremos mais crianças obesas do que desnutridas”, fala Maluf.


O Instituto Vencer o Câncer lançou uma campanha para alertar para o crescimento da obesidade infantil no Brasil. “A gente trabalha na faixa etária das pessoas que não tem vícios. Por isso é muito mais fácil corrigir a obesidade na infância e adolescência”.

 

G1