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A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quarta-feira (12) manter o Ebola como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O comitê de monitoramento da doença diz que "existem surtos sérios e contínuos na República Democrática do Congo", epicentro do Ebola, e por isso "o país continua precisando de apoio" para o combate das infecções.


"Este surto é um teste de solidariedade política, financeira e científica. Precisamos nos unir para combater um inimigo comum que não respeita fronteiras, garantir que tenhamos os recursos necessários para encerrar essa doença", disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Agradeço a resposta positiva da comunidade científica ao se juntar a nós em tão pouco tempo e apresentar planos concretos e compromisso de trabalhar juntos".

Até 10 de fevereiro, a situação do vírus Ebola na República Democrática do Congo (RDC) era:

3.431 casos suspeitos
3.308 deles foram confirmados
123 eram prováveis
2.253 pessoas morreram (taxa de mortalidade em 66%)
Entre 3 e 9 de fevereiro deste ano, três novos casos foram confirmados na cidade de Beni, na província de Kivu do Norte, na RDC. Mais de 2 mil casos estão em observação.

De acordo com a OMS, algumas medidas ainda precisam ser fortalecidas: aceitação das comunidades em um comprometimento total contra a doença; proteção das pessoas em postos de saúde estratégicos; melhoria das práticas de prevenção e controle em unidades de saúde; fortalecimento do sistema de saúde local; tratamento e suporte a pacientes em recuperação.

Coronavírus
Junto ao anúncio do Ebola, o presidenta da OMS discursou sobre o encontro de mais de 300 especialistas para discutir estratégias contra o 2019 n-CoV, que causou mais de 40 mil casos na China. De acordo com o comitê, o número de infecções no país asiático se estabilizou, mas essa aparente desaceleração na propagação da epidemia deve ser vista com "extrema cautela".

"Esse surto ainda pode seguir em qualquer direção", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista em Genebra.

Londres confirma primeiro caso de coronavírus
No final da reunião, Tedros disse que uma equipe liderada pela OMS viajou para a China no início desta semana fez "um bom progresso" na composição e no escopo do trabalho contra o vírus.

 

G1

A epidemia do novo coronavírus já tem mais de 43 mil pessoas infectadas, sendo que quase 4.400 pessoas conseguiram se recuperar.

Segundo informações da Xinhua, agência de notícias estatal da China, os médicos chineses pedem que pacientes curados continuem a seguir medidas de proteção, pois não sabem se esse vírus pode ter reincidência.

"Geralmente, certos anticorpos serão produzidos após uma infecção por vírus, que terá um efeito protetor no corpo humano. No entanto, alguns anticorpos podem não durar tanto", afirma Zhan Qingyun, médico do Hospital de Amizade China-Japão, em coletiva da NHC (Comissão Nacional de Saúde).


O infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor chefe do departamento de infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) explica que caso o vírus sofra mutação, o paciente pode se infectar novamente.

É o caso da dengue e da gripe. “Uma pessoa pode pegar dengue quatro vezes, isso por que o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes.”

Outra possibilidade para reinfecção é quando o corpo não possui resposta imunológica permanente para todas as doenças.

“Algumas doenças, depois que pegamos a primeira vez ficamos protegidos para o resto da vida. É o caso da catapora, da rubéola e sarampo.”
O infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor chefe do departamento de infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) explica que caso o vírus sofra mutação, o paciente pode se infectar novamente.

É o caso da dengue e da gripe. “Uma pessoa pode pegar dengue quatro vezes, isso por que o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes.”

Outra possibilidade para reinfecção é quando o corpo não possui resposta imunológica permanente para todas as doenças.

“Algumas doenças, depois que pegamos a primeira vez ficamos protegidos para o resto da vida. É o caso da catapora, da rubéola e sarampo.”

Barbosa explica que grupos imunossuprimidos estão mais suscetíveis a ter reincidência das doenças e que, tanto a resposta imunológica natural do corpo quanto a induzida por vacinas são menos eficientes.

Dentre esses grupos estão: idosos com mais de 60 anos, pessoas que tomam medicação para doenças autoimunes e pessoas portadoras do vírus HIV.

O médico reforça que ainda não existem estudos suficientes sobre o novo coronavírus para saber qual a resposta imune do corpo e se ele possui alta taxa de mutação. Os outros coronavírus conhecidos não sofrem mutação com facilidade.

 

R7

coronvO diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta terça-feira que uma vacina contra o coronavírus de Wuhan, que causa a doença que passou a ser conhecida como covid-19, pode levar um ano e meio para ficar pronta.

"A primeira vacina pode ficar pronta em 18 meses, portanto, por enquanto devemos nos preparar para usar as armas que temos à mão na luta contra este vírus", disse Tedros na edição de hoje da entrevista coletiva que a OMS concede diariamente desde a semana passada para informar sobre a situação da epidemia.

Tedros disse que a covid-19, diagnosticada em 42.708 pessoas na China (das quais 1.018 morreram) e em 393 pacientes em 24 outros países, deve agora ser considerada "o inimigo público número um para toda a humanidade", com consequências políticas, sociais e econômicas "piores do que as de qualquer ato terrorista".

O médico etíope anunciou que o diretor-executivo da OMS para emergências de saúde, Michael Ryan, comandará um gabinete de crise lançado hoje em parceria com outras agências da ONU para coordenar a resposta à epidemia.

Hoje e amanhã, a sede da OMS, em Genebra, recebe uma reunião de 400 especialistas de todo o mundo em virologia, epidemiologia e outros campos científicos para estudar formas de pesquisar o até então conhecido coronavírus detectado primeiro em Wuhan, na China, e possíveis tratamentos e vacinas.

A denominação covid-19 (formada com um acrônimo da expressão em inglês "corona virus disease", ou "doença do coronavírus") foi definida por membros da OMS, da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) e da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal).

 

Agência EFE

Foto: CDC/Reuters

 

O conselheiro médico mais graduado do governo chinês, Zhong Nanshan, acredita que o surto do novo coronavírus pode ser controlado até abril. A infecção já matou 1 000 pessoas na China e infectou outras 42 000.

Nanshan é um epidemiologista de 83 anos que ficou famoso por combater uma epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003. Ele acredita que o surto diminuirá em breve porque o número de novos casos já começou a cair em alguns lugares.


Antes de ser controlada, no entanto, a epidemia deve fazer mais estragos. O pico de casos deve ocorrer na metade ou no final de fevereiro, seguido por uma estabilização e uma redução, acredita o médico, baseando sua previsão em modelos matemáticos, acontecimentos recentes e uma ação governamental.

“Espero que este surto ou este evento termine lá para abril”, disse ele em uma ronda hospitalar na Universidade Médica de Guangzhou, onde onze pacientes com coronavírus estão sendo tratados.

“Não sabemos porque ele é tão contagioso, então isso é um grande problema”, acrescentou ele, que ajudou a identificar falhas nos sistemas de reação de emergência chineses durante a crise de Sars de entre 2002 e 2003.

Ele disse que houve uma redução gradual de novos casos na província de Guangdong, no sul, onde ele está, e também em Zhejiang e outras partes. “Então isso é uma boa notícia para nós.”

Agora que a China está adotando medidas inéditas para isolar regiões infectadas e limitar as rotas de transmissão, Nanshan elogiou o governo por interditar Wuhan, a cidade do epicentro do surto, que ele disse ter perdido o controle do vírus em um estágio inicial.

“O governo local deveria ter alguma responsabilidade por isso”, disse. “Seu trabalho não foi bem feito.” Até agora, acredita-se que o vírus surgiu em um mercado de frutos do mar de Wuhan, no início de dezembro.

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As autoridades também vêm sendo criticadas pelo tratamento duro dado ao médico Li Wenliang, detido por divulgar a presença do vírus antes de morrer em decorrência da infecção na sexta-feira, 7.

“A maioria das pessoas pensa que ele é o herói da China”, disse Zhong, enxugando as lágrimas. “Estou muito orgulhoso dele, ele disse a verdade às pessoas, no final de dezembro, e depois faleceu.”

Veja (com Reuters)